quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Tijolos geram eletricidade limpa e nunca precisam ser recarregados
Tijolos geram eletricidade limpa e nunca precisam ser recarregados: Os compostos envolvidos nessas reações não são consumidos, não se esgotam e nunca precisam ser recarregados.
domingo, 16 de dezembro de 2018
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
COMO A IGREJA CRIOU A EUROPA - dn - DN
COMO A IGREJA CRIOU A EUROPA - dn - DN
Clique no título acima e terá acesso a um texto muito interessante que fala da contribuição da igreja no desenvolvimento do ocidente.
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Veja o histórico de José Alberto Barbosa
Curriculum
vitae
José Alberto
Barbosa nasceu em 19 de fevereiro de
1939, na cidade hidro-mineral de Cambuquira, MG, sendo filho de Luiz de Andrade
Barbosa e de Maria Lopes Barbosa, cursando o primário e o Admissão ao ginasial no
Externato Tiradentes [1947-1952], naquela
cidade. Em 1953 ingressou no internato no Ginásio Diocesano São João, na
Campanha, MG, passando-se no mesmo ano, já em regime de externato, no Colégio
Estadual do Paraná, em Curitiba, PR, onde cursou até finalizar o 2º grau. Ainda
em Curitiba, estudou no Cursinho Abreu, preparatório para o Vestibular. Naquela
cidade trabalhou no comércio de medicamentos, na Cia. Paulista de
Representações [1955-1959]; também, no
Banco Nacional de Minas Gerais S.A. [1959-1965]. Cursou e bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Curitiba [1962-1966]. Antes de formado, advogou na Capital paranaense
como solicitador acadêmico, na esfera trabalhista, com o advogado Maurício A.
Seleme [1965-1966]. Casado em Jaraguá do
Sul, SC, em 05 de janeiro de 1963 com a professora Maria Eunice Dellagiustina,
teve com esta os filhos Alexandre, Fabricio e Caroline, que são advogados e
domiciliados na mesma cidade e sede Comarcal. Iniciou-se nas letras ainda
jovem, publicando alguns dos seus primeiros poemas na Revista Walmap, do Banco
Nacional de Minas Gerais S.A.; e na revista Panorama, com o artigo geistórico
por si ilustrado a bico de pena e intitulado
“Um Paraná que você não conheceu” [Curitiba, nº 167, abr. 1965] e que Iaroslaw Wons inseriu, com parte do texto e um
dos desenhos, na sua Geografia do Paraná. Uma vez formado, foi advogado em Rio do Sul e, nesse tempo, adjunto
de promotor público em
Trombudo Central [1967-1968]; promotor de justiça em Maravilha [1969-1971], São Lourenço d`Oeste [1971, mas designado em Porto União ], sendo nomeado para Xanxerê [1971, idem
designado em Porto União ], Porto União [1971-1973] e em Jaraguá do Sul [1973-1986], aposentando-se como promotor de Curitibanos [1986] e tornando então à advocacia, porém, dedicando-se a
trabalhos voluntários intensamente. É co-fundador e organizador do Museu
Municipal “Pe. Fernando”, de Maravilha. Co-fundador da APAE de Porto União. É
sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina [Florianópolis]; membro da Estância da Poesia Crioula [Porto
Alegre]; da Associação Catarinense do Ministério
Público [Florianópolis]; do Grupo
Regional de Estudos “Ary Silveira de Souza” [Joinville] e de outras entidades. Em solenidade havida na sede
do C.T.G. Juca Ruivo, de Maravilha, SC, na noite de 23 de outubro de 2013 foi
admitido e empossado como membro da Academia Sul-Brasileira de Letras. É autor
da ata do Cepo Fundamental da primeira sede do C.T.G. “Juca Ruivo” [Maravilha,
SC]. É pesquisador autodidata em várias áreas
culturais, realizando e publicando estudos teológicos, filosóficos,
antropológicos, etimológicos, toponímicos, histórico-geográficos e em diversos
outros temas, sendo por isso homenageado pelas municipalidades de Jaraguá do
Sul [26.07.90], Guaramirim e Corupá [1980] por trabalhos históricos e toponímicos sobre os
respectivos municípios, recebendo da Câmara de Vereadores de Corupá o título de
Cidadão Honorário [Sessão Solene, 05.05.1998].
Desde 1993 está incluso no Indicador Catarinense de Escritores. Lecionou Teoria
Geral do Estado, Constituições Brasileiras, Direito Público e Privado,
História, Geografia, Sociologia, Educação Religiosa, Educação Moral e Cívica, Organização
Social e Política do Brasil, recebendo várias homenagens dos discentes. Na SCAR
– Sociedade Cultura Artística, de Jaraguá do Sul, foi secretário, presidente em
duas gestões e permanece como conselheiro. Sócio-Honorário do CCE “Cruz e
Souza”, da Escola “Prof. Heleodoro Borges”, em Jaraguá do Sul. Na FERJ - Fundação Educacional Regional Jaraguaense [Atual
UNERJ], foi professor; conselheiro; Vice-Diretor
e depois Vice-Presidente da Fundação; Vice-Diretor do Curso de Estudos Sociais;
Diretor do Curso de Administração; Vice-Diretor do Centro de Ensino Superior.
Prestigiado pela Embaixada da Turquia [Brasília] e premiado pelo Rotary Club de
Istanbul – Göksu [nov. 2003] pelo estudo
“A Herança de Kemal Atatürk” [Rotary Club de Jaraguá do Sul, 1981]. Dentre seus trabalhos locais destacam-se “Itapocu,
Rio Caminho dos Antepassados”, livro analítico sobre a lenda de Tumé (Sumé) e o
caminho Peabiru [Abr. 2005], que a
Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul distribuiu no II Congresso Nacional e I
Congresso Internacional do Caminho do Peabiru [Pitanga, PR, 2005]. Também, o artigo “Itapocu, Rio da Via Lactea” [2007], no mesmo tema; e o livro em preparo mas já distribuído
em CD-room “Ytapecu, Rio Caminho Antigo”, em mesma temática. Antes, publicou
“Empregos e significados da expressão jaraguá” e “Referências e hipóteses sobre
o nome Itapocu” [Insertos in “Emílio Carlos Jourdan no seu centenário de
nascimento”, de Eugênio Victor Schmöckel, I.H.G.S.C., CP, 2000, eliminadas ali
as incorreções de digitação que constam no livro “O Relato”, de Schmöckel,
Editora CP, 1999]; publicou longos estudos a
respeito dos nomes Corupá, Guaramirim, Guamiranga e outros topônimos itapocuenses
[Correio do Povo, Jornal do Vale e Rev. do I.H.G.S.C.]. Embora
leigo, sendo designado pelo Pe. João Boeing, SCJ para lecionar Teologia Moral
em diversas comunidades de Jaraguá do Sul, SC, o autor o fez nos dois anos do
programa estabelecido (1999-2000), escrevendo, para tal, a pedido do sacerdote,
um manual intitulado Teologia Moral. Posteriormente, escreveu uma Mariologia. Em
Maravilha [SC] foi intronizado na cultura
gauchesca [1970 – 1972] pelo afamado vate
Juca Ruivo [Dr. José Leal Filho], sendo o
provável derradeiro discípulo pessoal do famoso poeta, falecido em 1972 e com o
qual aprendeu suas primeiras noções do linguajar campeiro da Campanha Gaúcha,
sendo pelo mesmo intronizado na literatura gauchesca, em prosa e em verso e na
própria poética do Ruivo. Também, com Ruivo ganhou aprofundamentos em temas da
História brasileira, sul-rio-grandense e platina, que lhe foram vivamente
narrados pelo afamado poeta e rebelde maragato, engenheiro e colonizador, que o
iniciou, igualmente, no conhecimento do Planalto Catarinense, desde sua
geologia até sua geografia, história e povoamento e, desde então, o autor vem
estudando e biografando, em prosa e em verso, aquele que é um dos maiores nomes
da literatura sul-rio-grandense e dos pioneiros na valorização culta dos versos
crioulos gauchescos no Brasil, sendo José Alberto Barbosa chamado a prefaciar a
reedição do famoso livro “Tradição” do festejado literato [1985], cooperando com José Isaac Pilati na elaboração do
livro “Juca Ruivo – Tradição” [I.O.E.S.C., Florianópolis, 2002] e sendo co-autor, com José Isaac Pilati e João Batista
Marçal, do livro “Juca Ruivo – Tradição” que, como o livro antes citado e de
mesmo título, biografa aquele vate e rebelde, engenheiro e colonizador; e reedita
a sua obra [Fundação Arthur José Boiteux, Florianópolis, 2004]. O autor fez parte da “Antologia do Vale do Iguaçu”
[União da Vitória, 1976] e de antologias
da Estância da Poesia Crioula, tendo, no mais, ampla presença jornalística.
Adotou na poesia crioula o pseudônimo de Juca Serrano e outros pseudônimos
eventuais [Joselito de Santana; Eliano Mirceo; Tio Mariano], publicando ou divulgando diretamente seus versos
históricos e folclóricos principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina ,
tendo a seu crédito mais de cem poemas crioulos. Nos anos recentes, passando a
participar de concursos literários, foi premiado em 5º lugar pelo poema
histórico “Eterno Retorno”, no VIII Concurso de Poesia Taveira Júnior,
promovido pela Estância da Poesia Crioula, quando do 48º Rodeio de Poetas
Crioulos do Rio Grande do Sul [Porto Alegre, 2004]. Sob o pseudônimo de Joselito de Santana escreveu de novembro de 2006 a março de 2007 o poema
épico “No Sopro da Tradição”, referindo ali várias dezenas de autores
brasileiros e estrangeiros em temas gauchescos, em razão do que foi homenageado
hors-concours com Diploma Especial com Louvor pela Estância da Poesia Crioula,
em sessão conjunta com a Academia Rio-Grandense de Letras, por ocasião do 51º
Rodeio dos Poetas Crioulos do Rio Grande do Sul e dos 50 Anos daquela Estância,
em solenidade havida no Museu “Júlio de Castilhos” [Porto Alegre,
30.06.2007]. A obra será ampliada. Em 27 de
junho de 2009, seu “Poema em Negro” classificado em 2º lugar no Concurso
“Oliveira Silveira”, por ocasião do 53º Rodeio de Poetas Crioulos do Rio Grande
do Sul, promovido pela Estância da Poesia Crioula e o autor recebeu o Troféu
“Lanceiro Negro” [Esculturado em granito negro e metal e sendo de
autoria de Hidalgo Adams], solenidade naquele
dia, em auditório da Câmara Municipal de Porto Alegre. Em agosto de 2009, o autor teve seu poema
“Missão Jesuíta” premiado com Menção Honrosa no 12º Concurso Literário “Pérola
da Lagoa”, promovido pelo CEL – Centro de Estudos Lourencianos, em São Lourenço do Sul,
RS. É autor do livro “Emílio da Silva e seu século” [Design Editora, Jaraguá do
Sul, 2010]. O autor tem centenas de escritos, constituindo teses jurídicas,
estudos ecológicos, históricos, etimológicos, arqueológicos, antropológicos,
geológicos, teológicos e outros, além de seus poemas, sendo citado em inúmeros
livros, fichado em bibliotecas universitárias e mais instituições. Versos seus
foram incorporados por Fernando Tokarski no seu oportuno “Dicionário de
Regionalismos do Sertão do Contestado” [Letras Contemporâneas,
Florianópolis, 2004]. No mais, o autor, mais
esparsamente, desenha, pinta e compõe. É membro fundador da AJAP – Associação
Jaraguaense de Artistas Plásticos, de Jaraguá do Sul. Fez curso de flauta pelo
Conservatório de Música “Icléia França Dellagiustina”, de Jaraguá do Sul, com
as professoras Maria José de Oliveira e
Rochelle Piske e, na SCAR, cursou Teoria Musical com o Maestro Luiz Fernando
Melara. Congregado Mariano desde 1959, atuou na Legião de Maria e nos Cursilhos
de Cristandade; agora, atua no Encontro de Casais com Cristo; no Movimento de
Emaús [Para a juventude] e em mais
atividades pastorais católicas. No seu escritório de advocacia, em Jaraguá do
Sul faz, desde 1986, um serviço voluntário de reconciliação e reajustamento
conjugal, com encaminhamento aos clínicos e mais recursos de ajuda.
Discurso de posse na Academia Sul-Brasileira de Letras
DISCURSO DE POSSE DE JOSÉ ALBERTO
BARBOSA NA CADEIRA Nº 19 DA ACADEMIA SUL BRASILEIRA DE LETRAS EM 23 DE OUTUBRO
DE 2013, SOLENIDADE HAVIDA NA SEDE DO C.T.G. JUCA RUIVO, MARAVILHA, SC.
Ilmo.
Sr. Dr. Joaquim Moncks,
DD.
Presidente em Exercício da Academia Sul-Brasileira de Letras;
Ilmo.
e DD. Prof. Dr. José Isaac Pilati,
DD.
Vice-Presidente da Seção de Santa Catarina
da
Academia Sul-Brasileira de Letras,
DD.
Diretor-Cultural da Academia Desterrense de Letras
e nesta
posse meu Paraninfo;
Exma.
Sra. Rosimar Maldaner, DD. Prefeita Municipal de Maravilha;
Ilmo.
Sr. Augusto César Zeferino,
DD.
Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina;
Ilmo.
Sr. Leno Saraiva Caldas,
DD.
Presidente em exercício da Academia Desterrense de Letras;
Ilmo.
Sr. José Machado Leal,
DD.
Presidente em Exercício da Estância da Poesia Crioula;
Ilmo.
Sr. Aldérico Antônio Biazi,
DD.
Patrão do C.T.G. Juca Ruivo,
Ilmo.
e DD. Sr. Presidente da Câmara Júnior Internacional de Maravilha
e
demais Ilmos. DD. Coordenadores da II Jornada Cultural de Maravilha;
Excelentíssimas
e Digníssimas Autoridades presentes.
Ilustríssimos
e Digníssimos demais membros das Entidades participantes desta II Jornada
Cultural de Maravilha.
Ilustríssimos
e Digníssimos Convidados.
Distintos
Senhores e Senhoras,
Saudações a todos!
Primeiramente, a manifestação de
alegria, minha e de minha esposa Maria Eunice, aqui presente e em cujo nome
falo, pelo nosso retorno à cidade de Maravilha justamente neste ano em que
completamos cinquenta anos de vida matrimonial; e nossa gratidão a toda essa
Comunidade onde, se espalhamos sementes de amor, também frutuosamente aqui os
colhemos. Também, minha homenagem ao Prof. Dr. José Isaac Pilati, por sua
nomeação e posse como Delegado Regional da Estância da Poesia Crioula no
Extremo Oeste Catarinense; e minha homenagem ao Coronel Flavio Luiz Pansera por
sua posse como sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa
Catarina. A uma e outra entidade também pertenço.
Prezados senhores e senhoras, por ocasião de minha
eleição para membro da Academia Sul-Brasileira de Letras coube-me,
naturalmente, a indagação do por quê o ter sido escolhido com tamanha
generosidade por parte dos dirigentes da Entidade para a nobre, dignificante e
elevada honraria de ocupar como 3º titular a Cadeira Nº 19, cujo Patrono é o
ilustríssimo poeta João da Cruz e Sousa
e cujos 1º e 2º Titulares são respectivamente os renomados Rondon Soares e
Lauro Junkes , quando é sabido e notório que no território catarinense e
brasileiro resplandecem tantos escritores e poetas de relevo que bem melhor
representariam essa Academia no majestoso Universo das letras. Homem de
escritos e versos modestos e que oferecem um matrimônio entre Literatura e
Ciências, encontro justificativa para a minha eleição generosa no fato de
adivinhar-se na leitura de meus trabalhos o haver este humilde orador desde a
juventude buscado inspiração e exemplo na rica produção de cientistas, poetas e
mais letristas paranaenses, catarinenses e sul-rio-grandenses de grande
profundidade e renome. Exemplifico com as pessoas de Romário Martins, Reinhard
Maack, João José Bigarella, Rosário Farâni Mansur Guérios e mais paranaenses
que iluminaram minha juventude e, na terra catarinense e ilustrando minha
mocidade de já um modesto professor, a incidência de luminares como Oswaldo
Rodrigues Cabral, Celestino Sachet aqui presente, Carlos Humberto P. Corrêa, Theobaldo
Costa Jamundá, Paulo Fernando de Araújo Lago, Pe. João Alfredo Rohr, SJ, Walter
F. Piazza e o ilustre Victor Antônio Peluso Júnior, por cujas mãos adentrei as
portas do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina; na vertente
gaúcha de meus formadores aponto necessariamente José Leal Filho – o Juca Ruivo
-, Aureliano de Figueiredo Pinto, João Octávio Nogueira Leiria – o Tavico -,
João Simões Lopes Neto, Alcides Maya, Roque Callage, José Hilário Retamozo,
João Carlos D`Ávila Paixão Côrtes, Luís Carlos Barbosa Lessa, Darcy Azambuja, Erico
Veríssimo, os irmãos Rui e Zeno Cardoso Nunes, Jayme Caetano Braun, Glaucus Saraiva
e uma verdadeira multidão de autores, culminando com a família de poetas Edmar
Pery Mendes de Castro – o Pery de Castro –, a esposa Adilza Laydner de Castro –
a Nilza Castro - e sua filha Nilda Beatriz Laydner de Castro – a graciosa Beatriz
de Castro - e por cujo amadrinhamento ingressei na Estância da Poesia Crioula. Dito
isto, acho que poderei ter meu espaço na Academia Sul-Brasileira de Letras,
sim, porque até o poncho do Céu comporta, como pano de fundo das grandes
estrelas, também os mais apagados fachos de luz; e nas praias os miúdos grãos
de areia se prestam, no menos, para um caminhar mais suave aos pés dos grandes
pensadores. Ora, é sabido que o Criador, quando esparramou pelo Sul brasileiro
os majestosos pinheiros e as portentosas imbuias, também os entremeou com as
humílimas submatas dos faxinais, de pobres gravetos, mesmo com os mais
insignificantes xaxins e, nesse universo botânico, não excluiu os mais ínfimos
capins; que são assim como cabelos, onde, recordando o dito latino no sentido
em que mesmo o mais ínfimo pelo possui sua sombra, adentro jubiloso pela porta
que aqui me foi franqueada e trazendo no meu íntimo a certeza de que, oferecendo
pouco por ser dos menores, muito mais receberei do que contribuirei
intelectualmente. Aceito assim, pressurosamente, a honraria que me foi
concedida. Pois bem, dentre tantos luminares que me deitaram raízes na alma vou
aqui deter-me em dois desses literatos: tratam-se respectivamente do poeta
catarinense João da Cruz e Sousa e do poeta sul-rio-grandense José Leal Filho -
o Juca Ruivo. E aceitando com satisfação e agradecendo efusivamente pela
indicação, eleição e posse na Cadeira Nº 19 da Academia Sul-Brasileira de
Letras e tendo prestado perante ela meu juramento e sendo pela mesma diplomado,
passo a proceder à leitura do panegírico ao meu Patrono.
PANEGÍRICO A JOÃO DA CRUZ E SOUSA – PATRONO
DA
CADEIRA Nº 19 DA ACADEMIA SUL-BRASILEIRA
DE LETRAS
JOÃO DA CRUZ E SOUSA, Patrono da Cadeira Nº 19 da
Academia Sul-Brasileira de Letras, poeta e prosador de enorme importância nas
letras de nossa Pátria, foi o fundador do movimento do Simbolismo no Brasil.
Filho de libertos, nasceu no Desterro, atual Florianópolis, no dia 24 de
novembro de 1861, sendo filho de Guilherme e de Carolina Eva da Conceição.
Ganhou o sobrenome Sousa do Marechal Guilherme Xavier de Sousa, ao qual e em
cujo lar seus pais serviam. Recebeu a primeira instrução da generosa esposa de
dito marechal e, com o apoio deste, cursou Humanidades no Ateneu Provincial em
Florianópolis. Depois disto, tudo lhe foi difícil. Creio que sua poesia reflete
o grande somatório de sofrimentos que teve na curta existência de trinta e sete
breves anos. Cruz e Sousa viveu então, como ele mesmo diz, uma tristeza ao infinito, torturante e imponderável. Para ele, até
a Lua é triste e fria ao ponto de o luar enregelar
as rosas e, na sua visão, as gerações
vão todas proclamando a grande Dor aos frígidos espaços. Há nele um
verdadeiro culto do sofrer e não posso deixar de ver nesse apego respingos do
próprio romantismo e que era, então, uma escola em superação, embora seja o
romantismo sempre presente e varando as idades, porque inerente ao ser humano. Em
Cruz e Sousa, porém, em meio a seus simbolismos belos, o sofrimento é promovido
a um modus vivendi. Para a maioria
das pessoas uma bela princesa, quando morta,
assemelha-se a uma simples camponesa nos apodrecimentos da matéria, em Cruz
e Sousa, porém, não por uma morbidez psicológica, mas, na plenitude de higidez
sua, predominava como que num modismo a preocupação de o vê-la morta, não a de tê-la
antes dentre os vivos e os felizes. Mesmo um sonho branco, belo e risonho,
parece-lhe que vai de algum modo amortalhado. Todavia, há uma esperança de
felicidade eterna, de um não mais sofrer futuro, pois, ele não se cansa de
buscar a canção imortal da formosura
e seus poemas são realmente muito lindos, tanto na técnica quanto na evocação
dos sentimentos, plenos de belas imagens e manifestando total genialidade. Ora,
essa busca da formosura, mesmo se numa visão permanente e sistemática da morte,
traz em si uma chama de esperança de vida, porque a busca do belo e da
perfeição nele implícita contém, em si, um mal mascarado anseio de felicidade
para sempre, do desejo de eterna plenitude no belo e no perfeito, no agradável
e mesmo no divino. Nesse sentido, qualquer que seja a escola e modalidade artística,
toda perfeição conduz ao belo e ao bom, ao agradável e ao perene, o que
universalmente se considera incompatível e antitético com a dor e com a morte,
com o desaparecimento e com o fim. Uma releitura de Cruz e Sousa se aconselha
assim, no meu entender, numa atitude em que o leitor se una a ele,
solidariamente, nas razões do seu sofrimento, seja-lhe empático nos seus
lamentos e, no entrementes, busque em todos os seus escritos motivos de alegria
e de esperança, de superação e de felicidade. Numa visão religiosa e cristã do
mundo, mesmo não posso deixar de visualizar um Cruz e Sousa, morto para esta
vida, agora incomensuravelmente feliz
com os seus, todos imersos num esplendor de plenitude humana, no Além, na
Eternal Mansão Celestial onde todas as
dores e tristezas do mundo encontram justificação, reparo e compensação. Em
Cruz e Sousa vejo, portanto, duas dimensões, a do homem que sofreu e a do homem
que se acha restaurado. No entremeio, constato uma magnífica obra literária sua
e a qual se revela, também, como uma ponte. A um bom crítico será viável
trabalhá-lo por inteiro, mas, essa dupla visão dele e de sua obra é mais lúcida
quando parte de um poeta. Ou de um teólogo. E, de fato, muitas vezes é difícil
separar a Poesia da Teologia. Tornemos, entrementes, a este mundo para dizer
que sua vida foi duríssima, dificílima. Tentou sem sucesso empregar-se no
magistério, no comércio e no jornalismo. A pobreza e a negritude lhe eram obstáculos.
Muda-se para a cidade do Rio de Janeiro onde vive com imensos sacrifícios
financeiros. Em 1893 casa-se, apesar da
penúria. Consegue, então, o cargo de arquivista da Estrada de Ferro Central do
Brasil, mas, com ínfimo ganho. O trabalho é penoso. À noite, lê muito e muito
escreve. A esse tempo, insurge-se contra o Parnasianismo e o Naturalismo. Em
1893 publica dois livros: Missal e Broquéis. Com eles, implanta no Brasil o
Simbolismo que importa da França, pleno de metáforas e de misticismo e com o
emprego de expressões desusadas, que a uns encantam e a outros aborrecem. Morrem-lhe três filhos. A esposa fica por
meses mentalmente enferma. Ele próprio, tomado pela tuberculose, morre na
cidade de Sítio, em Minas Gerais, no dia 19 de março de 1898. Foi em vão que
ali buscou melhores ares, repouso e cura. O corpo é trazido ao Rio de Janeiro de
improviso, num trem de transporte de gado. Seus três livros póstumos, Faróis, Últimos
Sonetos e Evocações vieram a lume pela dedicação do amigo Nestor Vítor. O
imortal Cruz e Sousa permaneceria na semiobscuridade literária por duas
décadas, até começos do século XX, quando o advento do Modernismo produziria,
com Cecília Meireles, Jorge Lima e outros precursores, uma redescoberta e merecida
valorização do autor catarinense que, além de fundador, é o maior nome no
simbolismo brasileiro.
Dito isto passo, agora, a proceder a uma homenagem ao
poeta Juca Ruivo.
HOMENAGEM AO POETA JOSÉ LEAL FILHO –
O JUCA RUIVO
JOSÉ LEAL FILHO, que na Literatura é principalmente
conhecido como JUCA RUIVO, é importante e afamado poeta e prosador
sul-rio-grandense nascido no Quaraí num mês de fevereiro e batizado no Alegrete
em 29 março de 1902, sendo ali criado. Filho dos maragatos José da Silva Leal e
Adolphina Schmiht Leal, viveu desde piá na efervescente região da Campanha,
educado na aversão à política positivista assentada por Júlio de Castilhos e
mantida por Borges de Medeiros, contra cujo governo lutaria em revoluções seguidas.
Tenente heroico dos lanceiros do caudilho Honório Lemes, ferido no rosto e no
peito no Combate da Ponte do Ibirapuitã,
dias depois já dava pancas no Combate do Capão do Mandiju. João Batista Lusardo,
seu companheiro de armas, deu testemunho em como lhe encantou presenciar o jovem
poeta e rebelde maragato declamando nos acantonamentos revolucionários já em
1923. Ruivo fez o mesmo nas reuniões do partido Federalista e, depois, nas do
Libertador que sucedeu àquele, angariando fama e discípulos. Ganharia na alma
uma dor que não mais se findaria quando, na revolução de 1930, morre no Combate
de Quatiguá, crucificado a balaços, seu
estimado amigo e ordenança Malaquias Conceição. Ruivo deixou a respeito do
amigo um vasto poema épico inconcluso e inédito e que estou cuidando de
preservar em acordo com a família do poeta. Findas as guerras, viveria em
andanças, trabalhando como engenheiro ferroviário e civil, vivendo da
topografia e da agrimensura no Rio Grande do Sul (São Borja, Santa Rosa,
Erechim), Santa Catarina (Passarinhos, Palmitos, Cunha Porã, Maravilha) e Mato
Grosso (medições e pesquisas geológicas ocasionais). Desde 1949, a serviço da
Cia. Territorial Sul Brasil, viria para as terras do Velho Chapecó, onde
fundaria Maravilha e assentaria as bases de mais cidades vizinhas. Em Maravilha
nos conhecemos em 1970 quando era eu promotor público e nos seus dois últimos
anos de vida, até seu falecimento em 8 de maio de 1972, vivemos em prolongadas
tertúlias, pelas quais suas lições de geologia e geografia, antropologia,
arqueologia e história me permitiram preservar grande somatório de
conhecimentos oestinos e transmiti-los a historiadores como Francisco Gialdi e
José Isaac Pilati, que os puseram em livros. Juntos, Ruivo e eu fomos dos fundadores
e organizadores do Museu Municipal Pe. Fernando, em Maravilha. Aprofundou-me, no
mais, na cultura missioneira, campeira e povoeira sulina, introduzindo-me nos
grandes poetas e escritores gaúchos, inclusive, nos seus versos. Deixou-nos uma
antologia, o livro Tradição, cuja
reedição pelo C.T.G. Juca Ruivo em 1985 fui convidado a prefaciar, cuidando
então de biografá-lo e de já examinar criticamente sua obra. Seus poemas
prosseguem na preocupação da prosa de Alcides Maya, no sentido de preservação das
tradições gaúchas. Nos poemas do Ruivo, ricos de imagens e de evocações, nos deliciamos com os umbus e sina-sinas; com
um rancho velho e taperas esquecidas; com cordeonas e fandangos, bardos e
ramadas; com caudilhos e entreveiros; desafios de poetas e lindas paiadas
quixotescas; com tropeiros pelos estradões e matambre de novilha pingando graxa
no espeto; com charruas aguerridos e carretas singrando o caminho das Missões;
com o silêncio dos campos-santos e a nostalgia do terço Lau Sus Chris rezado ao
por do sol nas Reduções. Enfim, são versos de encantamento, de amor à terra,
aos heróis, à História. Jovem ainda, foi ele poeta afamado e aplaudido no
universo gaúcho das Américas e o escultor uruguaio José Belloni fundiu versos
do seu poema Carreta em cambotas do grandioso
monumento La Carreta que ornamenta
Montevidéu, como Ruivo me mostrou em fotos no dia 26 de março de 1970, em
Palmitos, dizendo que no La Carreta os
versos dele e de outros nove poetas foram, lamentavelmente, apagados pelas
intempéries. É algo que se deve recuperar, a bem da cultura. Quanto ao poeta
ruano, de seu valor basta recordar que, até os começos do século XX e antes que
ele praticasse o que defino como uma poética campeira e culta, a poesia e a
prosa crioula dos gaúchos, plena de lirismo e embora já bastante prestigiadas nas
esferas intelectuais do Uruguai e da Argentina, onde as consagraram autores
como José Alonso y Trelles – o Viejo Pancho -, José Hernández, Ricardo
Güiraldes, Enrique Amorín, Elías Regules e outros mais, já no Brasil tal gênero
poético belo estava relegado ao ostracismo da vida galponeira. Juca Ruivo e outros
mudaram esse estado de coisas e, inclusive, em 1957 tornou-se ele co-fundador
da Estância da Poesia Crioula, em Porto Alegre, o que representou dar-se ao
linguajar crioulo o status acadêmico que há muito merecia no Brasil. Graças a
ele e outros mais pioneiros, por exemplo, em Porto Alegre o chique deixou de
ser o falar-se o francês e o inglês, para adotar-se o vocabulário campeiro dos
gaúchos, para o que favoreceu a paralela tendência regionalista do nascente
Modernismo. Barbosa Lessa disse que, discutindo-se no recém fundado 35 C.T.G. -
o primeiro deles - o que haveria de ser considerado poesia tradicionalista
gaúcha, ficou assentado que seria tal e qual aquela produzida por Juca Ruivo,
Glaucus Saraiva da Fonseca e Aureliano de Figueiredo Pinto. Portanto, sua
poética é padrão da cultura crioula sul-rio-grandense e brasileira. No mais, Juca
Ruivo transitou dentre nós como um somatório de homem e mito. Era e continua
sendo alvo de um culto reverencial. Poeta, mas, tornado também personagem, vejo
nele um Martín Fierro, um Don Segundo Sombra brasileiro. Por isso que Jayme
Caetano Braun - que se confessa seu discípulo e que desde guri se encantara com
as histórias a seu respeito - , vai dizendo em seus poemas, recordando os
versos do ruano cantor: “Era o Ruivo -
que venero desde as tropeadas da infância”; o “Quero-quero da tradição campechana”; a “Voz pampiana do Caminho das
Missões”; o “Pajé dos fogões”; o “Ruivo da Saudade”; o “Ruivo do Umbu”; o “Ruivo
da Tapera desquinchada”; o “Ruivo do Ñanquentru de coração abugrado”; o “Cantor
das sesmarias”; o “Ruivo de buena lei / que simpatias deságua”; e ainda tratando-o
como um “Guarda-fogo de angico”. Após
conhecê-lo em 1957, afirmou num poema que
“Juca Ruivo não é lenda; / eu conheci esse cantor”. Jayme não conseguia
encontrá-lo porque Juca Ruivo desde 1949 vivia em terras catarinenses. Aliás, o
Ruivo é assim como que uma sólida ponte cultural dentre o Rio Grande do Sul e Santa
Catarina. É gaúcho, mas, fez-se catarinense também. Queria viver em Maravilha
para sempre e na morte o taita realizou isto. Está vivo nesta terra
catarinense. Cunhou a alma da população toda desta parte do Velho Chapecó. Como
registrou o Prof. Dr. José Isaac Pilati, no seu Panegírico perante a Academia
Desterrense de Letras – que o honra com a Cadeira n. 23 - “Juca Ruivo é um poeta que representa o homem construtor do Oeste de
Santa Catarina” e “A poesia de Juca
Ruivo é o retrato da alma dos pioneiros do Extremo Oeste”. Enfim, na falta
de um Carlos Reverbel para biografá-lo – como já se lamentara no Rio Grande do
Sul -, eu mesmo assumi isto. Aliás, já acertara isso com ele aí por 1970 ou
1971. Me autorizara verbalmente a fazê-lo. Ficou feliz com minha sugestão e
passou-me dados seus. Não poderia eu perder o momento histórico e, ademais, não
se deixa de bolear a perna em um cavalo que passa encilhado. Estudo-o
sistematicamente há 43 anos, sou seu biógrafo em prosa e em verso, sim, porque
ele fez de mim, também, um poeta crioulo. Sou o derradeiro e o menor de seus
discípulos, mais povoeiro que campeiro, porém, sempre um poeta crioulo. Com a
morte do grande vate gaúcho, sua amável viúva Alaides da Costa Leal sempre
continuou prestigiando e apoiando meus escritos. Cunhei as expressões ruivianos
e jucaruivianos para definir seus versos e mais escritos e também os versos,
estudos e outros escritos a seu respeito. Com todo um grupo informal de poetas
e pajadores, escritores e historiadores como José Isaac Pilati (Mário
Castelhano), João Batista Marçal, Pe. Simão Pedro Claudino dos Santos, SCJ (o
Índio Potiguar), Cel. Luiz Carlos Baddo Bettencourt (Luís Trançudo, Vô
Trançudo, Luigi), José Hilário Ajalla Retamozo, José Antônio Fagundes (Nico), Carlos
Romeu Grande, Leopoldino Vieira Cidade (o Pouca Carne), Heitor Lothieu Angeli,
José Angeli, Francisco Gialdi, Julmir Viccari, Beatriz de Castro, José Machado
Leal, Hilton José Araldi, Israel Lopes, Paulo Monteiro, Joaquim Moncks e outros
poetas e escritores dentre gaúchos e catarinenses, todos grandes admiradores de
José Leal Filho – o Juca Ruivo -, tenho prosseguido desde 1970 na legenda do
Juca Ruivo. Vários desses taitas que me passaram dados a seu respeito ou que o
estudaram ou que sobre ele versejaram estão já mortos, porém, mesmo lá da
Estancia Celestial – junto com o Ruivo -,
– esses torenas das letras comungam conosco, todos chimarroneando de
mano no culto a uma imortal Gaúcha Tradição e levando adiante uma legenda
jucaruiviana que também não morrerá jamais. Colaborei com José Isaac Pilati na
sua obra Juca Ruivo – Tradição
(I.O.E.S.C., 2002) e juntos e com João Batista Marçal o biografamos e
reeditamos sua antologia no livro homônimo Juca
Ruivo – Tradição [Fundação José Arthur Boiteux, Florianópolis, 2004]. São
obras que se complementam. Escritos mais amplos e aprofundados, inclusive
falando dos seguidores da legenda ruiviana e seus escritos, são por mim
oferecidos nos meus dois livros inconclusos Juca
Ruivo, Poeta e Peleador - Alma e Vida da Tradição (em prosa) e o Terra e Gente de Juca Ruivo (basicamente
biografando-o em versos seguidos de anotações), dos quais neste ato procedo a
pré-lançamento em único CD-room, o primeiro deles dado a lume por segunda vez. Prosseguindo
em tal legenda, nós, poetas, pajadores e escritores, crioulos ou não, historiadores
e pesquisadores, sentimos o grande vate como que estando ainda dentre nós,
pleno de poesia e de vida. Como a Gaúcha Tradição, Juca Ruivo, o seu maior
herói, jamais haverá de morrer.
É a homenagem!
Tenho dito!
José
Alberto Barbosa
[Maravilha,
SC, sede do C.T.G.
Juca Ruivo, em 23.10.2013].
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Brasileiro não gosta de trabalhar?
Brasileiro não gosta de trabalhar?
Convergência Digital - Carreira:: Convergência Digital - 17/10/2013
O mito que o brasileiro não gosta de trabalhar foi derrubado por um estudo global do instituto de pesquisa Gallup. Segundo o levantamento, o brasileiro é o sexto mais engajado no trabalho do mundo. Na análise regional, o País fica atrás apenas do Panamá e da Costa Rica.
De acordo com o estudo, o percentual de brasileiros engajados no trabalho - que estão emocionalmente envolvidos e focados na produção das empresas - chegou a 27%, bem acima da média global de 13%. O instituto ouviu opiniões de trabalhadores em 142 países sobre temas como materiais e equipamentos necessários para trabalho, as expectativas da empresa, progresso pessoal, qualidade de vida, relações afetivas, entre outros.
O ranking é liderado pelo Panamá, Costa Rica, Estados Unidos, Filipinas e Qatar. Na outra ponta, nenhum profissional entrevistado na Síria afirmou estar engajado no emprego. No Japão, Israel e na Tunísia os índices ficaram em apenas 5%.
De acordo com o estudo, o percentual de brasileiros engajados no trabalho - que estão emocionalmente envolvidos e focados na produção das empresas - chegou a 27%, bem acima da média global de 13%. O instituto ouviu opiniões de trabalhadores em 142 países sobre temas como materiais e equipamentos necessários para trabalho, as expectativas da empresa, progresso pessoal, qualidade de vida, relações afetivas, entre outros.
O ranking é liderado pelo Panamá, Costa Rica, Estados Unidos, Filipinas e Qatar. Na outra ponta, nenhum profissional entrevistado na Síria afirmou estar engajado no emprego. No Japão, Israel e na Tunísia os índices ficaram em apenas 5%.
Fonte: Convergência Digital
sábado, 7 de setembro de 2013
Para quem já teve um cão de estimação:
História de Um Cão
(Luis Guimarães Filho)
Eu tive um cão. Chamava-se Veludo,
Magro, asqueroso, revoltante, imundo,
Para dizer numa palavra tudo,
Foi o mais feio cão que houve no mundo.
Recebi-o das mãos d’um camarada,
Na hora da partida. O cão gemendo,
Não me queria acompanhar por nada,
Enfim – mau grado seu – o vim trazendo.
Veludo a custo habituou-se à vida,
Que o destino de novo lhe escolhera,
Sua rugosa pálpebra sentida,
Chorava o antigo dono que perdera.
Passou-se o tempo. Finalmente um dia,
Vi-me livre daquele companheiro,
Para nada Veludo me servia,
Dei-o à mulher d’um velho carvoeiro.
E respirei! “Graças a Deus! Já posso”
Dizia eu viver neste bom mundo,
Sem ter que dar diariamente um osso,
A um bicho vil, a um feio cão imundo.”
Mal respirei, porém! Quando dormia
E a negra noite amortalhava tudo,
Senti que à minha porta alguém batia:
Fui ver quem era. Abri. Era Veludo.
Saltou-me às mãos, lambeu-me os pés ganindo,
Farejou toda casa satisfeito,
E – de cansado – foi rolar dormindo,
Como uma pedra, junto do meu leito.
Praguejei furioso. Era execrável,
Suportar esse hóspede inoportuno
Que me seguia como o miserável
Ladrão, ou como um pérfido gatuno.
E resolvi-me enfim. Certo, é custoso
Dizê-lo em alta voz e confessá-lo,
Para livrar-me desse cão leproso,
Havia um meio só: era matá-lo.
Zunia a asa funebre dos ventos,
Ao longe o mar na solidão gemendo
Arrebentava em uivos e lamentos...
De instante a instante ia o tufão crescendo.
Chamei Veludo; ele seguiu-me. Entanto
A fremente borrasca me arrancava
Dos frios ombros o revolto manto
E a chuva meus cabelos fustigava.
Veludo à proa olhava-me choroso
Como um cordeiro no final momento.
Embora! Era fatal! Era forçoso
Livrar-me enfim desse animal nojento.
No largo mar ergui-o nos meus braços
E arremessei-o às ondas de repente...
Ele moveu gemendo os membros lassos
Lutando contra a morte. Era pungente.
Voltei a terra – entrei em casa. O vento
Zunia sempre na amplidão, profundo.
E pareceu-me ouvir o atroz lamento
De Veludo nas ondas moribundo.
Mas ao despir dos ombros meus o manto
Notei – oh, grande dor! – haver perdido
Uma relíquia que eu prezava tanto!
Era um cordão de prata: - eu tinha –o unido.
Contra o meu coração constantemente
E o conservava no maior recato,
Pois minha mãe me dera essa corrente
E, suspenso à corrente, o seu retrato.
Certo caíra além no mar profundo,
No eterno abismo que devorava tudo;
E foi o cão, foi esse cão imundo
A causa do meu mal! Ah ! se Veludo
Duas vidas tivera – duas vidas
Eu arrancava àquela besta morta
E àquelas vis entranhas corrompidas.
Nisto senti uivar à minha porta.
Corri – abri... Era Veludo! Arfava:
Estendeu-se a meus pés -, e docemente
Deixou cair da boca que espumava
A medalha suspensa da corrente.
Fora crível, oh Deus? – Ajoelhado
Junto do cão – estupefato, absorto,
Palpei-lhe o corpo: estava enregelado;
Sacudi-o, chamei-o ! Estava morto!
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
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