A amizade de Joana e Gaspar Möller,um casal com muita solidariedade.

Obrigada Dona Joana e Senhor Gaspar!...Lembro-me deles com respeito.
Mais tarde, depois de ter partido de Cambuquira, meu pai falou muito do casal Möller, sempre com muito agradecimento e carinho. “Tante Johanna”(tia Joana) foi para mim também um oásis de segurança(Geborgenheit).Eu, que não ficava tão de perto dela, sentia tão bem quando ela abraçava e falava comigo. Ela foi uma senhora cheia de bondade.

Como me lembro ( tinha aí mais ou menos um ano e meio de idade) fiquei naquela época em casa com Teresa.Mais tarde, em Cambuquira tive diversos encontros com Dona Joana e esposo, quando fui à padaria para comprar pão ou bolinhos. Nunca esqueço quando entrei na padaria com aquele cheiro especial muito gostoso de pasteis frescos. Num canto da padaria existia um mesa de bilhar, sempre bem frequentada; do outro lado, mesas e cadeiras convidando os fregueses a tomar o cafezinho acompanhado deo pastel delicioso e fresco. Atrás do balcão, ficavam os proprietários sempre gentis e amáveis, Dona Joana e Senhor Gaspar.
Wera Wald e Willi Wald.

Lembro-me dos encontros com meus pais também em Cambuquira numa casa muito bonita e “gemütlich” (agradável) de Dona Wera. Estivemos por lá várias vezes, e sempre fomos bem recebidos. Brinquei com Ieda, a filha deles mais ou menos da minha idade. Ela era sempre muito divertida sempre com novas ideias e brincadeiras. Havia dois cachorrinhos (dackel) do casal que nos acompanhavam.O Senhor Willi era um homem divertido. Dona Wera era um pouco mais quieta, muito trabalhadora, com muito engajamento na loja.




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_Como vai Ieda? – Tudo bem? Lembra da visita com sua mãe à Alemanha?
Vocês estiveram também em Hamburgo. Aqui um encontro com vocês, minha avó e eu. Perto do porto de Hamburgo no fim dos anos 50.
Dona Ida Willig Guimarães e esposo Manoel José da Silva Guimarães, meus padrinhos.
Dona Ida foi a minha madrinha querida. Gostei muito dela. E, com respeito e admiração, olhei para o casal. Ela e o marido, Senhor Guimarães, moravam em um ambiente imponente. Tudo era lindo e bem trabalhado: Hotel Empresa, para mim como uma casa dos contos de fada. No jardim havia cadeiras grandes e vermelhas,montadas juntas, para se balançar. Adorava a atmosfera deste grande jardim, sombreado, enfeitado com orquídeas. Fui lá sempre bem hospedada. Na sala grande de jantar as com colunas eram em cores pasteis verde e um pouco prateadas. As mesas sempre bem cobertas com linho branco com, os guardanapos dobrados.
O melhor foi sempre aquele cheiro da deliciosa comida: gostava demais do puré de batatas desta cozinha, do café-com-leite tão gostoso!..Lembro-me de uma festa de Natal, uma festividade brilhante, a sala cheia de luz. Minha mãe muito linda, meus pais com alegria nos olhos, Dona Ida e esposo, os donos de casa, muito amáveis, se preocupando com os hóspedes. Entrando na sala grande da entrada via à esquerda a escada para outros andares.
Nunca me esqueço que num momento contemplando o ambiente eu vi com certeza lá subindo, de costas e vestido em vermelho, de botas pretas, o Papai Noel.Sim, vi mesmo!...
1965 ainda tive contato com Dona Ida. Para uns dos meus casamentos aqui na Alemanha necessitava a certidão de batismo. E, ela foi tão gentil e me mandou a certidão. Contou-me também que estava há 6 anos muito sozinha e que sentia muito a falta de seu marido. Esta carta ainda tenho junto com a certidão.
A residência redonda.
- Ainda existe esta casa?
O pai dessa Eunice, muito simpático, eu me lembro bem,era funcionário do Estado em trabalhos de floresta ou semelhante. Sua esposa era muito, muito amável. Era uma casa muito vivida, uma vila divertida, com muitas crianças. Tive várias vezes com meu pai lá.
Alguns anos mais tarde, encontrei uma vez os pais de Eunice em Belo Horizonte. Conversamos um pouco com rapidez, e hoje ainda sinto muito, que não perguntei por Eunice.
__Onde estás Eunice? –Eu te perdi no caminho...
Os amigos sempre achavam motivos e ocasiões para se encontrarem. Para nós crianças o mais interessante era quando os adultos prepararam um encontro com pais e crianças, para ver um filme. Nós, sempre estávamos ansiosos.
A maior lembrança que tenho é do filme Anão Nariz( Zwerg Nase) divertido e palpitante para nós os mais pequenos.
O filme era em preto/branco, falado em alemão,e sobre um crime. Foi mostrado em um lugar em Cambuquira, numa sala grande. Mas finalmente, penso que não só as crianças se divertiam – os adultos também gostavam desses dias de filme.
Waldemar, um amigo não só dos pais,mas de todos!
Aqui, uma foto de nós crianças sentadas na grama em frente da nossa casa. Um jovem, que nos visitava de vez em quando, abraçando Waldemar.. Lembro-me, que os dois tinham uma grande amizade. Cada vez que o jovem chegava à nossa casa, era um espetáculo, festejando o novo encontro – Waldemar e o jovem. Quem é? .- Não sei mais. Talvez alguém em Cambuquira o reconhece?
Visita dos avós, pais de meu pai, da Alemanha.
Coitadinho do canarinho!...
1949/50 Aconteceu uma grande surpresa e alegria para meu pai! Ele orgulhoso de apresentar aos seus pais a sua família jovem e nosso sítio, pois os avós fizeram uma viajem longa de navio, do outro lado do oceano atlântico para nos visitar. Foi uma ocasião cheia de encontros, boas impressões e acontecimentos.
Todos amigos de nossos pais ao redor, passeios para aqui, para lá. Eu sempre junto dos adultos, eu tinha a felicidade de falar duas línguas e traduzir assim entre alemão e português para os Cambuquirenses e os avós. Isto me fazia bem orgulhosa . Eu gostava deste serviço.Meus avós gozaram muito este tempo por receber tanta gentileza dos cambuquirenses e de conhecer tantas coisas novas: a comida diferente, os legumes, as frutas exóticas, o clima ...Meu avo se sentia bem na nossa casa. Já mais velho, tinha o costume de vez em quando de se descansar na sala. Sentava-se na poltrona exclusiva dele para ler, e breve já fazendo uma soneca.

Assim ficou uma vez depois do almoço gostoso com feijão, arroz, legumes, bife...um pequeno vinho tinto, sobremesa, ele bem satisfeito em direção à poltrona, já com o livro na mão. E tão ocupado com si mesmo, sentou-se e aí aconteceu: coitado do nosso canarinho doméstico, que voava livre entre casa e o quintal e não tinha medo de nada e ninguém. Coitadinho, também não sobreviveu à tarde!... Meus avós, amigos, meus pais e nós crianças, eu já com a uniforme da escola Tiradentes de Dona Sebastiana.Mais tarde, na Alemanha, minha avó em conversa ainda entusiasmada deste tempo bonito em Cambuquira com as pessoas gentis da região.Mas já no horizonte o fim deste nosso idílio familiar. Depois da partida dos avós não passou muito tempo, e nossa família teve de enfrentar uma vida totalmente diferente. Tudo mudou, tudo se virou. Continue lendo.... (clique aqui!) ou vá para próxima página...
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