quarta-feira, 31 de março de 2010
Um espaço aberto para nossas Estâncias Hidrominerais.
Organização Stop alerta sobre a vacina contra gripe suina.
Mais informações: http://www.stop.org.br/site/catalogo/index.php?_newidioma=pt_BR
terça-feira, 30 de março de 2010
Para refletir:
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la,e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação".
Adrian Rogers, 1931
terça-feira, 23 de março de 2010
Aguas que ainda curam
Esta é uma história de amor que não podia deixar de compartilhar com todos que amam nossa cidade ou que a adotaram com muito amor. Aliás, Sylvio, o autor da matéria acima, é um exemplo disso. Nascido carioca hoje é um cambuquirense mais que muitos dessa Estância.
domingo, 21 de março de 2010
O Carnaval de Cambuquira nas fotos de Renato Braga.
Notem que foi bem movimenta a folia deste ano em nossa cidade, com destaque para "nossas" Arrependidas que em cada ano tem aumentado o número de "meninas".
quinta-feira, 18 de março de 2010
Medidas eleitoreiras ferem o Rio e Espírito Santo de morte!
Equipe CoRot anuncia descoberta de planeta similar a Júpiter.
Qui, 18 de Março de 2010 05:01 |
Cientistas que integram a equipe do satélite CoRot acabam de anunciar a descoberta de um planeta do tamanho de Júpiter (que possui cerca de 300 vezes a massa da Terra). Denominado CoRot-9b, o exoplaneta está bem próximo de uma estrela similar ao Sol, na constelação Serpens Cauda, distante cerca de 1.500 anos-luz da Terra. O projeto do satélite CoRoT é uma parceria internacional com participação de laboratórios franceses e de mais seis países europeus e do Brasil. Continue lendo (clique!) |
sexta-feira, 12 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
EPIDEMIA DE GRIPE.
A EPIDEMIA DE GRIPE SUINA: REALIDADE OU DELÍRIO?
Maio de 2009
Por Roberto Giraldo, M.D.
Conteúdo
1) Introdução.
2) Ansiedade e pânico, desnecessários e tóxicos.
3) Epidemias de histeria massiva.
4) Estimulando nosso sistema imunológico.
5) Referências científicas.
1) Introdução
Pesquisadores dos Centros de Controle das Enfermidades do Governo dos Estados Unidos (www.cdc.gov), da Organização Mundial da Saúde (OMS) (www.who.int), da Organização Panamericana da Saúde (OPS), e do Ministério da Saúde do México (www.salud.gob.mx), através dos meios de comunicação, lançaram um alerta ao mundo sobre uma “perigosíssima” epidemia de “gripe ou influenza suína”, isto é, originada nos porcos. Segundo a OMS, esta é uma Emergência de Saúde Pública Mundial segundo o Regulamento Sanitário Internacional de 2005.
As noticias reportam casos de gripe suína em vários países. Porém, o país mais atingido e onde alega-se que começou esta epidemia, é o México. Lá, a indústria do turismo sofre grandes quedas financeiras ao fecharem os centros de atração turística mundial como Cancún, Playa del Cármen, Acapulco, Puerto Vallarta, Baja California, entre outros. O governo fechou os escritórios governamentais, os bancos, as escolas, universidades, centros comerciais, restaurantes, cinemas, todos os demais centros de diversão e até os sítios arqueológicos. Cancelaram todos os eventos públicos.
Na última semana de abril, o país estava praticamente paralisado e os poucos que circulavam pelas ruas da Cidade do México, deveriam fazê-lo com máscaras no nariz e boca. As farmácias estão ficando sem antibióticos e sem máscaras cirúrgicas. Toda pessoa que esteve recentemente no México, Califórnia ou Texas, é considerada “suspeita” de estar “infectada” com o “vírus mortal da gripe suína”. Muitas companhias aéreas suspenderam seus vôos ao México. Criaram um caos em aeroportos e fronteiras.
Neste país centro-americano, o pior aconteceu durante o longo feriado de primeiro de maio, quando o governo ordenou a paralisação total e ninguém podia sair de suas casas, segundo eles, para evitar mais contágio com a gripe dos porcos. Este foi, sem dúvida, um golpe mortal à economia mexicana.
Os noticiários não param de alarmar a população do mundo: a cada minuto apresentam informações dramáticas de mais e mais infectados com o vírus da gripe suína, de novos doentes e como os mortos estão aumentando consideravelmente. Dizem ao público que, desta vez, existe inclusive perigo de uma verdadeira pandemia (epidemia mundial), devido – segundo as autoridades sanitárias e governamentais - já que trata-se de um novo e supercontagioso vírus originado nos porcos mexicanos e que os pesquisadores batizaram como AH1N1.
Hoje em dia, muitos de nós, quando escutamos este tipo de “terror médico” infringido pelos organismos internacionais e nacionais encarregados da Saúde Pública, suspeitamos imediatamente de algum tipo de interesse malintencionado por parte daqueles que manipulam o poder global. Nos perguntamos: - Por que este suposto “vírus mortal” ataca principalmente a república mexicana? Será talvez alguma retaliação contra o México e aos mexicanos por não aceitar algum tipo de tratado comercial? Será para quebrar a economia mexicana, afim de melhorar a crise financeira atual dos países ricos? Será para estimular o comércio mundial favorecendo os interesses da industria farmacêutica? Será por acaso para desviar a atenção do mundo e iniciar alguma outra guerra como já aconteceu com o Golfo Pérsico, Afeganistão e Iraque? Será uma mistura destas opções? Logo saberemos!
Vale a pena agora, revisar as epidemias fantasmas muito semelhantes, com as quais se alarmou o mundo, tais como a da “gripe aviária ou gripe dos frangos”, a epidemia de “SARS” (Severe Acute Respiratory Syndrome), entre outras, para conhecer suas verdadeiras intenções e consequências.
É interessante ver como o Presidente Barak Obama já pediu ao Congresso dos Estados Unidos um bilhão e meio de dólares para “enfrentar” a gripe suína.
A OMS passou o alerta de pandemia de 4 a 5 numa escala de 6. A mesma OMS junto com o Ministério da Saúde dos Estados Unidos, afirmaram que o medicamento Tamiflu ou Acetamivir fabricado pelos Laboratórios Farmacêuticos Roche é útil contra o vírus AH1N1 da gripe suína. Por outro lado, Roche informa ter 220 milhões de tratamentos para fazer frente à epidemia e, que está fabricando muitos mais. É interessante lembrar que o Tamiflu é o mesmo medicamento promovido para a gripe aviária de 2006. Vários países como a Austrália e o Brasil, anunciam agora que em poucas semanas estará pronta a vacina para o perigoso vírus dos porcos.
O Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, estão já oferecendo empréstimos milionários para atender “a crise” principalmente nos países em desenvolvimento, os quais, segundo informações oficiais serão os mais atingidos pelo “vírus da gripe suína”.
Enquanto escrevo, os meios de comunicação do mundo, orientados pelas autoridades sanitárias internacionais, continuam empenhados nesta campanha de terror médico contra os habitantes do planeta.
2) Ansiedade e pânico, desnecessários e tóxicos
A intuição, o bom senso e a história nos indicam que não existe nenhuma epidemia de gripe suína, como também não existiu a famosa gripe dos frangos, nem outras mais. Porém, suponhamos que seja verdade que aja perigo de uma pandemia de gripe originada nos porcos:
Ainda que fosse verdade esta epidemia, a ênfase que as autoridades da saúde, estão dando ao agente infeccioso em si mesmo, neste caso no suposto “vírus da gripe suína” está gerando medo, ansiedade, pânico e terror, com a subsequente deterioração do sistema imunológico. Será que as autoridades da saúde não conhecem as verdades cientificas que ensinam a psiconeuroimunología? Ou, será por acaso que conscientemente desejam criar imunossupressão e colocar centenas de milhares de pessoas em risco de adoecer?
O medo, a ansiedade, a depressão e o pânico lesam o sistema imunológico, fato sabido desde os tempos de Galeno. No principio do século passado, Franz Alexander documentou claramente a origem psicossomática de todas as enfermidades do corpo; e o cientista brasileiro Dr. Norberto Keppe, vem explicando em seus mais de 50 livros, com refinados argumentos objetivos, como todas as enfermidades psíquicas, orgânicas e sociais têm origem na psicopatologia das pessoas (www.trilogia.ws).
A caótica situação social atual, criada pelas autoridades internacionais da Saúde Pública, pelos governos e os meios de comunicação, com relação à gripe suína, são um exemplo perfeito do que Dr. Keppe chama esquizofrenia social ou “sociofrenia” (www.trilogiaanalitica.org).
Além disso, esse tipo de terrorismo médico emanado dos organismos internacionais da Saúde Pública,viola o principio hipocrático de: “Ao Menos Não Causar Dano”. Por acaso já não é válido o “Juramento Hipocrático”, que nós os médicos realizamos no dia de nossa graduação?
Se realmente houvesse interesse em ajudar a Saúde da População, deveríamos nos lembrar que, para que ocorra qualquer doença infecciosa, incluindo a “gripe suína”, são necessárias três condições:
a) A presença do agente infeccioso e suas fontes. No caso da gripe suína, seriam o vírus, os porcos doentes e as pessoas doentes.
b) Uma maneira de transmissão. Na presente situação, corresponderia à inalação ou ingestão de partículas virais a partir dos doentes. E
c) A presença de um hóspede suscetível. A pessoa precisa estar vulnerável para poder contrair uma doença infecciosa. Tem que estar debilitada e imunossuprimida, do contrário, é impossível desenvolver uma doença infecciosa: esta é a lei fundamental da infectología.
O último requisito mencionado é o mais importante, e é precisamente ele que não está sendo tratado de forma adequada pelas autoridades. Simplesmente explicam-se as medidas para evitar o contágio do suposto “vírus da gripe suína”. Só enfatizam os dois primeiros requisitos, dando a idéia equivocada de que todo aquele que se contagia com o vírus, vai adoecer. Ignorando porém, que a imensa maioria das vezes que nos pomos em contato com agentes infecciosos, estes são neutralizados por nossos mecanismos de defesa, nosso médico interior e nossa farmácia interior.
A simples intuição e o sentido comum ensinam, que quem é forte, não adoece!
As autoridades da saúde e os jornalistas estão usando os termos “exposto”, “infectado” e “doente”, como se estes tivessem o mesmo significado. Porém, a exposição a um agente infeccioso só indica que a pessoa esteve em contato com ele. Infecção, indica que os agentes infecciosos estão crescendo na pessoa exposta e que muito provavelmente as respostas imunológicas vão neutralizá-lo. Mas, por outro lado, os indivíduos com uma doença infecciosa, neste caso com a suposta gripe suína, seriam aqueles, muito poucos, debilitados nos quais o sistema imunológico não conseguiu controlar a infecção, que desenvolveriam os sintomas e sinais clínicos da gripe suína. Em toda epidemia de doenças infecciosas, os que adoecem são a imensa minoria, muito poucos!
Inclusive, se fosse certa a existência atual de uma epidemia de gripe suína, como asseguram as autoridades, muitos indivíduos estariam expostos ao suposto vírus dos porcos, mas só alguns, muito poucos, adoeceriam de gripe; e destes, talvez uns tantos, muito debilitados, poderiam morrer.
O acima descrito foi demonstrado claramente no ocorrido durante a epidemia criada criminalmente por oficiais do Governo dos Estados Unidos em outubro de 2001, um mês depois do ataque terrorista às Torres Gêmeas e ao Pentágono. Naquela ocasião, foram colocados intencionalmente esporos do bacilo Antraz ou Carbunco, em milhares de envelopes do correio de todos os estados da costa oriental dos Estados Unidos, desde a Flórida até Maine. Milhares e milhares de pessoas foram expostas e infectadas, mas só 22 pessoas adoeceram e destas, três morreram. Adoeceram alguns poucos idosos, muito debilitados e morreram os três mais imunossuprimidos. O funcionário estadunidense que confessou este crime, se suicidou algum tempo depois, ou talvez teria sido obrigado a fazê-lo?
Vale a pena estudar aqui, a Carta Aberta que escrevi com relação à epidemia de Antraz daquela ocasião, ao então prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, e na qual explicava-lhe o mesmo que tento explicar agora.
(http://www.robertogiraldo.com/eng/papers/OpenLetterToTheMajor.html).
A ênfase no agente infeccioso (vírus) e no modo de contágio, é também utilizada para promover vacinas e medicamentos; desta forma se favorece a indústria farmacêutica, sem dar importância ao dano potencial que as vacinas e os medicamentos antivirais podem causar ao sistema imunológico e aos demais sistemas corporais. As pessoas aterrorizadas com a idéia da gripe suína estão se medicando com todo tipo de antimicrobianos tóxicos. É importante lembrar que os antibióticos podem destruir o sistema imunológico, tornando a pessoa vulnerável a todo tipo de infecções, inclusive ao mesmo vírus da gripe suína. Por isso os antibióticos podem ser usados só em casos de extrema necessidade e com a devida supervisão.
Desde os tempos de Pasteur e Koch, as pessoas têm estado desnecessariamente preocupadas com germes e com doenças infecciosas. Este mito cria um terreno propicio para se deixarem assustar e aterrorizar com epidemias criadas com macabras intenções, como a de agora da gripa suína.
Pensar que a origem das enfermidades está nos agentes infecciosos, deixando de lado o interior do ser humano é a pior inversão da medicina moderna, como explica cientificamente a Trilogía Analítica (Ciência, Filosofia, Teologia) (www.stop.org.br ).
Não surpreende que os que ostentam o poder, realizem todo tipo de atos criminosos contra o povo, como estão fazendo agora; o que preocupa, é que ainda existam tantas pessoas alienadas que não distingam seus amigos de seus inimigos, que se deixem assustar, aterrar e adoecer.
Não canso de insistir, que cientificamente está demonstrado como a ansiedade, a depressão, o pânico e outras emoções similares, causam imunossupressão severa e que uma vez deteriorado o sistema imunológico, qualquer germe pode nos fazer mal, inclusive aqueles da nossa flora normal. Uma vez deteriorado o sistema imune, não só ocorrerão infecções, mas também todo tipo de enfermidades inflamatórias e degenerativas de muitos órgãos e sistemas.
Neste sentido, sugiro às autoridades da saúde que ainda sejam responsáveis, que revisem o assunto da psiconeuroimunología e da verdadeira origem das enfermidades. Existem centenas de publicações científicas e livros sobre estes temas. No final deste artigo, cito alguns deles.
3) Epidemias de histeria massiva.
Além disso, é preocupante ver a forma errada como as autoridades sanitárias estão analisando e resolvendo o assunto da suposta gripe suína, o que indubitavelmente cria um ambiente perfeito para o que se chama “Enfermidade Psicogênica Massiva”, também conhecida no mundo científico como “Epidemia Histérica” ou “Histeria das Massas”.
Tudo parece indicar que este caos vai continuar piorando. É uma verdadeira psicose social, ou sociofrenia, como acertadamente a denomina Keppe.
A literatura científica está cheia de exemplos destas “epidemias de histeria”: um simples rumor pode ser convertido numa delirante verdade absoluta e desta forma as pessoas dos internatos, escolas, universidades, exércitos, povos, cidades e países, têm adoecido ao escutar um rumor ou uma informação irresponsável das autoridades.
Héctor Lozada, jornalista mexicano do estado de Tamaulipas, descreve a “Epidemia de Histeria Massiva” atual, com estas palavras: “As quedas econômicas no México são milionárias. Têm emitido um alerta insólito: muitas pessoas estão adoecendo com os sintomas que as autoridades descrevem como caso típico de gripe suína. O Presidente Felipe Calderón alertou às 11h00 da manhã e às 15h00 (em 4 horas) os centros de saúde já estavam cheios. Vi várias pessoas que vomitavam na rua ou que desmaiavam fora dos Centros de Saúde” (Comunicação pessoal).
O objetivo fundamental dos terroristas é criar terror. O momento exige união de todos para detê-los!
Este caos de terror deve ser erradicado da face da Terra!
4) Estimulando nosso sistema imunológico
As pessoas em bom estado de saúde, equilibradas psíquica, mental e espiritualmente, não podem ser atacadas por micróbio algum e nem pelo vírus da gripe suína. Insisto que esta é uma das leis fundamentais da infectologia. Desta forma, as autoridades sanitárias, em lugar de gerar pânico e terror como estão fazendo agora, deveriam utilizar os meios de comunicação para explicar detalhadamente as diferentes formas, para estimular nossos mecanismos de defesa em geral e o sistema imunológico em particular.
A felicidade e a alegria, enfim, a satisfação pessoal são o melhor estimulante do sistema imunológico. Devemos, portanto, aproveitar os artistas, músicos, pintores, teatrólogos, escritores, dançarinas, piadistas, entre outros, para que com suas técnicas estimulem as emoções positivas e a espiritualidade das pessoas que moram nos lugares de uma possível epidemia de gripe suína ou de qualquer outra infecção. Desta forma, ninguém precisaria de máscaras cirúrgicas nem antibióticos. Todo contágio poderia ser neutralizado por os sistemas imunológicos saudáveis.
Os nutricionistas equilibrados poderiam explicar como uma dieta a base de frutas e verduras frescas é ideal nas atuais circunstâncias. Como um dente de alho ao dia, junto com um pouco de suco de cenoura e limão, com propriedades antivirais, antioxidantes e imunoestimulantes, poderiam ser suficientes para lidar com o vírus da gripe suína e com qualquer outro microorganismo potencialmente patogênico. Um pouco de exercício ao ar livre, desfrutando a beleza da criação, combinado com respiração profunda e meditação, ajudaria bastante. Os professores de Ioga, de Tai Chi, de Aeróbica e Pilates, poriam seu grão de areia.
Também deveriam organizar conferências, seminários e mesas redondas nos meios de comunicação, com diferentes profissionais da saúde, psicólogos e terapeutas naturais para ensinar técnicas simples às pessoas, a fim de tornarem seus sistemas imunes mais fortes e equilibrados.
As autoridades têm a obrigação de apoiar estas atividades, para benefício das pessoas e da sociedade.
A suposta epidemia de gripe suína, não é outra coisa senão uma atuação dos poderosos com intenções macabras, sobre as massas indefesas! A verdadeira epidemia atual é a de não aceitarmos a realidade, é uma epidemia de alienação, é uma epidemia de delírio....
5) Referências Científicas.
5.1. Sobre Psiconeuroimunología:
1. Ader R, Felten DL, Cohen N. Psychoneuroimmunology. Third edition. San Diego: Academic Press; 2001; volume 1; 727 p. Volume 2; 850p.
2. Glaser R, Kiecolt-Glaser JK. Handbook of human stress and immunity. San Diego: Academic Press; 1994; 414.
3. Justice B. Who gets sick: How beliefs, moods, and thoughts affect your health. Los Ángeles: Jeremy P. Tarcher, Inc. 1988; 385.
4. Kemeny ME et al. Psychoneuroimmunology. In: Nemeroff C. Neuroendocrinology. Telford, NJ: Telford Press; 1992; 563-591.
5. Kemeny ME. Psychoneuroimmunology of HIV infection. In: Zegans LS, Coates TJ. Psychiatric manifestations of HIV disease. Psychiatr Clin N Am 1994; 17: 55-68.
6. Kiecolt-Glaser JK, Glaser R. Psychological influences on immunity. Psychosomatics 1986; 27: 621-624.
7. La Via MF, Workman EA. Stress-induced immunodepression in humans. In: Hubbard JR, Workman EA. Handbook of stress medicine: An organ system approach. Boca Raton: CRC Press 1998; 153-164.
8. Leonard BE, Miller K. Stress, the immune system and psychiatry. Chichester: John Wiley & Sons. 1995; 235.
9. Perry S. Psychoneuroimmunology and AIDS: Challenge or “challenger”? In: Stein M, Baum A. Perspectives in behavioral medicine: Chronic diseases. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associated Publishers. 1995; 273-286.
10. Rabin BS. Stress, immune function and health: The connection. New York: A John Wiley & Sons, Inc., Publication; 1999; 341.
5.2. Sobre cómo controlar o medo e estimular o sistema imunológico:
11. Allen JG. Coping with trauma: A guide to self understanding. Washington DC: American Psychiatric Press, Inc.; 1995; 385.
12. Bennett J. Fear of contagion: A response to stress? Advances in Nursing Science 1998; 21: 76-87.
13. Calvin JF. Psychic trauma in victims of crime and terrorism. In: Baum A et al. Cataclysms, crisis, and catastrophes: Psychology in action. Washington DC: American Psychological Association; 1986; 55-108.
14. Cobb S. Social support as a moderator of life stress. Psychosomatic Med 1976; 38: 300-314.
15. Ellis A et al. Stress counseling: A rational emotive behavior approach. New York: Springer Publishing Company; 1997; 200.
16. Fraker P. Impact of nutritional status on immune integrity. In: Gershwin ME, German JB, Keen CL. Nutrition and immunology: Principles and practice. Totowa, NJ: Human Press; 2000; 147-156.
17. Girdano DA, Everly GS, Dusek DE. Controlling stress and tension: A holistic approach. Boston: Allyn and Bacon; 1997; 3000.
18. Gottlieb BJ. Theories and practices of mobilizing support in stressful circumstances. In: Cooper CL. Handbook of stress, medicine, and health. Boca Raton: CRC Press; 1996; 339-356.
19. Mollica F et al. Symptoms, functioning and health problems in a massively traumatized population: A legacy of the Cambodian tragedy. In: Dohrenwend BP. Adversity, stress and psychopathology. New York: Oxford University Press; 1998; 34-51.
20. Bontempo M. Guia médico da saúde natural. Portyo Alegre: Terra Brazil, 2004: 557.
21. Hoover J. El sistema inmune. En Medicina Natural, Capitulo 24. Medellín, Colombia: Litoicolven 1995: 220-228.
5.3. Sobre epidemias de histeria massiva:
22. Boss LP. Epidemic hysteria: A review of the published literature. Epidemiol Rev 1997; 19: 133-243.
23. Chan M, Kee WC. Epidemic hysteria: a study of high risk factors. Occup Health Saf 1983; 52: 55-57, 60-61, 63-64.
24. Colligan MJ, Smith MJ. A methodological approach for evaluating outbreaks of mass psychogenic illness in industry. J Occup Med 1978; 20: 401-402.
25. Donnell HD et al. Report of an illness outbreak at the Harry S. Truman State Office Building. Am J Epidemiol 1989; 129: 550-558.
26. Elkins GR et al. Mass psychogenic illness, trance states, and suggestion. Am J Hypn 1988; 30: 267-275.
27. Epidemic hysteria (Editorial) Br Med J 1979; 2: 408-409.
28. Hefez A. The role of the press and the medical community in the epidemic of “mysterious gas poisoning” in the Jordan Wet Bank. Am J Psychiatry 1985; 142: 833-837.
29. Jones TF. Mass psychogenic illness: Role of the individual physician. Amer Family Phys 2000; 62: 2649-2653.
30. Robertson JB et al. Outbreak of psychosomatic illness in Alabama. MMWR 1973; 22: 257.
31. Rothman AL, Waintraub MI. The sick building syndrome and mass hysteria. Neurol Clin 1995; 13: 405-412.
32. Sirois F. Epidemic hysteria. Acta Psychiatr Scand Suppl 1974; 252: 1-46.
33. Stiehm ER. The psychologic fallout from Chernobil. Am J Dis Child 1992; 146: 761-762.
5.4. Alguns livros sobre Trilogía Analítica:
34. Keppe NR. Sociopatologia. São Paulo: Proton Editora, Segunda Edição 2002: 298.
35. Keppe NR. Psicanálise da sociedade. São Paulo: Proton Editora, Segunda Edição 2004: 423.
36. Keppe NR. A origem das enfermedades psíquicas, orgânicas e sociais. São Paulo: Proton Editora, Segunda Edição, 2002: 148.
37. Pacheco C. A cura pela consciência: medicina psicossomática trilógica. São Paulo: Proton Editora, 4a Edição, 1994: 192.
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sábado, 6 de março de 2010
Fórum Nacional discute os impasses da saúde no Brasil
Denise Margis
Assessoria de Comunicação / Instituto Brasileiro de Ação Responsável
Cobertura: II Fórum Nacional de Políticas de Saúde - 04/03/2010
Para uns a questão é estrutural e técnica. Para outros, falta decisão e vontade política dos governantes. O II Fórum Nacional de Políticas de Saúde promoveu ontem (4/3), em Brasília, um caloroso debate sobre os caminhos para a sustentabilidade do setor. O evento lotou o auditório do Interlegis, no Senado Federal
O II Fórum Nacional de Políticas de Saúde movimentou, ontem (4/3), o auditório Antônio Carlos Magalhães do Interlegis (Senado Federal). O evento trouxe à reflexão o tema "Sustentabilidade do Setor de Saúde no Brasil". Os empecilhos da saúde pública atual no país foram os pontos chaves do debate, que contou com a participação de representantes do poder público e privado, sociedade civil, além de gestores e profissionais da área.
A idéia de se pensar em instrumentos e mecanismos que possam auxiliar na formulação de políticas de saúde foi consensual durante o II Fórum Nacional de Políticas de Saúde. Na ocasião, o deputado Darcísio Perondi apresentou dados sobre os gastos com a saúde e os desafios para a sustentabilidade do setor no Brasil. Ressaltou a má condição de vida do brasileiro, o descumprimento do modelo SUS de fazer saúde, a gestão inadequada e os efeitos do subfinanciamento. Na oportunidade, o deputado desafiou as grandes centrais sindicais, a entrarem na luta pela regulamentação da Emenda Constitucional 29, que vai garantir mais recursos para a saúde e tirar o SUS da crise.
Os deputados federais Solange Amaral e Dr. Ubiali chamaram atenção para os altos custos da saúde no pais e a necessidade da ampliação de políticas voltadas para a prevenção das doenças.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior, colocou como 'instigante' o tema em questão: sustentabilidade do setor. De acordo com ele, o Sistema Único de Saúde passa por problemas que, se não forem sanados, poderão causar problemas ainda maiores. Segundo Batista, os Conselhos de Saúde enfrentam dificuldades, que se estendem desde a falta de qualidade na intervenção e de estrutura para funcionamento, até o descumprimento sistemático das suas deliberações. "Um sistema prioritariamente de tratamento da doença, sem um forte e decisivo componente de promoção e prevenção, operando na lógica de mercado em sua quase totalidade, com um controle social falho e uma força de trabalho precária, é impossível de ser financiado em sua plenitude”, concluiu.
Para o vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, Nelson Mussolini, o impacto da carga tributária sobre os medicamentos é um dos maiores obstáculos para a garantia da sustentabilidade da saúde no Brasil.
Na opinião do presidente da Associação Nacional do Ministério Público de Defesa da Saúde, Jairo Bisol, mais do que questões técnicas, que dificultam a sustentabilidade do setor, falta decisão política e, consequentemente, vontade dos governantes. "Se o SUS está constitucionalizado, ele é um direito de estado. Desse modo, os governos não cumprem a constituição. Então erramos enquanto estado assumindo a questão de gestão da saúde", afirmou ele, enfatizando a questão da contratação de terceirizados na gestão dos órgãos da área de saúde. Na oportunidade, Bisol citou ainda a saúde do Distrito Federal como vergonhosa: “é uma vergonha a saúde do DF. Havia aqui uma estrutura que poderia ser facilmente regulada, mostrando a amplitude da saúde pública. Mas, o equivoco aconteceu e a coisa também não andou" ;.
A má vontade de gestores em enfatizar o real papel da FIOCRUZ também foi ponto de críticas do presidente da AMPASA. “Recentemente, falou-se em transformar a Fundação numa empresa, com fins lucrativos”, lamentou.
A situação da saúde suplementar também foi apresentada no Fórum, pelo gerente técnico da Federação Nacional de Saúde, Sandro Leal Alves, que falou sobre as tendências do setor, a dinâmica do mercado e as ameaças para a sustentabilidade do setor.
O presidente da Federação Brasileira de Medicina Tradicional, Dr. Márcio Bontempo, foi o responsável pela moderação dos trabalhos e habilmente manteve o diapasão da visão da democratização das ações de saúde e da sustentabilidade no setor, conduzindo os trabalhos com foco na necessidade de uma redefinição das políticas públicas de saúde no Brasil, numa mudança de paradigmas onde se melhora o que já é bom e funciona, mas criando novos programas e caminhos. Ele apontou que em todos os eventos com foco na saúde, os discursos são sempre muito parecidos e não se resolve praticamente nada. Fala-se dos problemas do SUS, dos problemas de financiamento, acusa-se isso ou aquilo, mas não se toca no cerne da questão, que é a necessidade de se ajustar um modelo de assistência à saúde às reais necessidades da população. Segundo ele, o modelo atual é centrado no médico e não valoriza os demais profissionais de saúde. É fundamentado no uso de medicamentos, o que não traz saúde e ainda onera os cofres públicos. Ele enalteceu a necessidade de se aplicar as terapias integrativas, naturais e complementares, de se investir mais no setor primário de saúde, na prevenção, na capacitação e melhoria dos salários dos agentes comunitários de saúde, na ação de equipes multidisciplinares atuando dentro das comunidades e não apenas aguardar que o usuário procure os serviços. Enalteceu a necessidade de que as políticas de saúde no Brasil devem se alinhar às orientações da OMS e da OPAS, com base na Medicina Tradicional. Ele informou que o Brasil, a maior biodiversidade do mundo, é, paradoxalmente, o segundo maior importador mundial de medicamentos, devido a um modelo inadequado. Demonstrando ampla experiência, o moderador evidenciou a necessidade de se regulamentar a Emenda 29, a Portaria 971 do MS, de se ampliar o PSF, de se fundamentar um novo modelo social de saúde com ênfaser na educação em saúde; de se promover uma Nova Reforma Sanitária Brasileira, caso contrário, nada vai mudar e a Saúde que vai continuar plena de problemas, controlada pelos interesses dos cartéis da Indústria Farmacêutica, marcada pela corrupção, pelo sub-financiamento, pela má gestão, pelos desvios de verbas, pelas fraudes, com pleno prejuízo dos brasileiros.
II Fórum Nacional de Políticas de Saúde: Sustentabilidade do Setor no Brasil
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segunda-feira, 1 de março de 2010
POEMAS DE UM CAMBUQUIRENSE QUE MORA LONGE.
Poema em Negro
Tio Mariano
Sou o antigo estampido
de muitas peleias, guerras;
sou pretos varando terras,
dando guapeza, mui bravos;
sou um povo que, de escravos,
passou a um luxo de El Rey;
sou a xucra e morena grei
dando sustaço em castelhano.
Sou negros da nossa Pátria,
guerreando no Paraguai;
sou o Tio Anastácio que vai
acabar solito, num corredor;
no outubro de Trinta, em dor,
porque crucificado a balaços,
do amigo Ruivo nos braços,
sou Malaquias dando o cacho.
Pero, sou o pretinho Pelado
que o bom Murguía importou;
sou a cobra ruim que matou
o guapo negrinho Benedito;
acudido por Nico, no grito,
sou preto escravo saladeiro;
mas, sou o pachola, tafuleiro,
“com cara de março aberto”.
Sou o Negrinho do Pastoreio,
dado de regalo às formigas;
sou de escravos lendas antigas;
sou chaleira preta; sou tacho;
sou um negro criado guacho;
sou um preto quase azulão;
dando corridaço na escuridão,
sou o carvão de uma fogueira.
Sou nuvem negra no céu,
tempestade prenunciando;
poncho da noite chegando,
revestindo de negro o chão;
sou uma escura aparição;
sou matungo negro sendeiro;
fumo de luto em sombreiro
e de fumo preto um crioulo.
Eu sou o arroio Negrinho
lá pelas bandas do Ijuí;
cachoeira Negra do Jacuí
e cerro Negro da Capital;
negrume não me vai mal
e sou canela-preta, escura;
amo a toda retinta criatura;
e quem vê o negro, me vê.
Sou urubus voando em rodeio
sobre um zebu una guampado;
sou um jacu todo assustado,
das matas explorando o chão;
sou anu-preto em plantação;
sou bugio negro, em mutreta;
negro pelame de onça-preta
e o chapéu da gralha-picaça.
Sou tropilha de baguais,
tordilhos negros, fachudos;
sou ginetes pretos topetudos,
pra quem doma é brincadeira;
sou golpe do Oliveira Silveira
no umbu da negra consciência;
e colho e saboreio, na Estância,
los doces frutos da Negritude.
Assim sou eu, o Rio Grande,
gente e coisas de miles matizes,
mescla buenaça nas matrizes,
variando do preto ao branco;
e ganho em brilho, no tranco,
pois, qual se dá no céu profundo,
se não hay negrume no mundo,
por igual as estrelas não tem.
Autor: José Alberto Barbosa [Sob pseudônimo de Tio Mariano], é brasileiro, advogado, promotor de justiça aposentado pelo Ministério Público de Santa Catarina.
Notas explicativas: Poema escrito de
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Missão Jesuíta
Juca Serrano
Missão: não te moveram ideais utópicos e vagos
de erguer-se em ti um poderoso Império americano;
agiste tão somente pelo propósito cristão e hermano
de ver a gente docemente vivendo, em paz nos pagos.
Quem o luso cruel veio destruir, dar triste destino,
não foram bugres com tinta de guerra na cerviz,
mas índios que rezavam com fé o terço Lau Sus Chris,
cantavam suaves hinos ao som de flautas, violinos.
Quantas vezes teus povoeiros, em cristã guapaneria,
reergueram paredes e altares, torres e escadarias,
após o passar predatório das vilãs bandeiras.
Missão: não foste apenas um sonho, uma vã miragem;
das tuas igrejas, tuas ruas, brotaram a fé e a coragem
que forjaram a vida e alma da brava gente brasileira.
Autor: José Alberto Barbosa (sob pseudônimo). Advogado e promotor de justiça aposentado, com endereço à rua João Marcatto, 13 (2º and.), sala 204, Cx. Postal, 363, Centro, CEP 89251-970, Jaraguá do Sul, SC, Fones (0..47) 371-8640 (coml.) e 372-1282 (res.). Poema rascunhado em viagem, em Lawrenceville, Geórgia, E.U.A., em 24.12.04 e concluso em Jaraguá do Sul, 31.01.2005. Inédito até 2009, foi premiado com Menção Honrosa, em 24.10.2009, no Concurso Estadual “Pérola da Lagoa”, promovido pelo CEL – Centro de Escritores Lourencianos [São Lourenço do Sul, RS].
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Morreu Juca Ruivo
Juca Serrano
Abra o peito na coxilha
o guarani das Missões
e que cantando orações
o terço Lau-Sus-Cri ostente
na nobre mão farroupilha;
em choro a gente campeira,
não levada da casqueira,
mostre toda a dor que sente.
Minuano na marcha sua
cante milonga sentida;
de canto chorado a vida
traga todos nas estâncias;
qual boleadeira charrua
embarace as caminhadas
dos que vão pelas quebradas;
vá boleando as querências.
Quero-quero alvoroteiro
fique quieto nas canhadas
e nas matas assombradas
o Caapora ali se aguente;
num cantinho de terreiro
chore o Negro Pastoreio
e o seu pranto sem receio
o Lobisomem apresente.
Que se calem nas ramadas
as cordeonas mui dolentes
e as chinocas sorridentes
se recolham com respeito;
as belas prendas fornidas
os seus peões deixem de canto
e, num clamoroso pranto,
seu luto venha do peito.
Partiu o Ruivo pra outra vida...
para o Rincão merecido
que, a bom tempo prevenido,
reservou-lhe o Patrão Grande...
É o crioulo d`alma sentida
que relembrou as tradições...
Lamurie todo o Rio Grande!
A lo largo o olhem mateando
com o Tavico e o Aureliano,
ou montando animal reiúno
que Deus Pai, com muito achego,
do potreiro seu foi dando;
ou lá dando a cevadura
para o regalo da Senhora
que aos gaúchos mostra apego.
Que esse gaúcho tão largado
sempre fica pra semente
e lá no Céu já tem flete
para a grande campereada.
A preceito, bem assado,
come lá seu bom matambre;
e sendo bom guasca el hombre
ceva gostosa mateada.
Quanto a mim, boto uma olada
que, às prendas muito bonitas,
Juca ensina chimarritas;
e que, rumbeando seu pingo
para o rodeio da outra vida,
em bem ariscas tropeadas
e no rumor das arriadas
vai nosso Ruivo andarengo.
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Poema escrito em Porto União, aos 24 de outubro de 1972, logo após o autor ter tomado conhecimento da morte do amigo e afamado poeta Juca Ruivo [Dr. José Leal Filho], engenheiro, peleador em seis revoluções e fundador de cidades nas matas catarinas, dentre as quais Maravilha, onde o autor, então promotor público, o conheceu. Foi publicado primeiramente no jornal “O Comércio”[Porto União, 1972]. depois, em 1985, foi incluído pelo autor no seu ensaio intitulado “Juca Ruivo, voz campeira e culta”, posto como prefácio à primeira reedição do livro “Tradição”, de Juca Ruivo, promovida pelo C.T.G. “Juca Ruivo”, da cidade de Maravilha [SC]. Ligeiramente alterado em setembro de 1999, foi incluso no livro “Juca Ruivo – Tradição”, de José Isaac Pilati e para qual o autor cooperou larga e profundamente e onde é biografado com Ruivo [Florianópolis, IOESC, ano de 2002]; depois, foi incluso na obra de mesmo nome, “Juca Ruivo – Tradição”, escrito em co-autoria por José Isaac Pilati, José Alberto Barbosa e João Batista Marçal [Fundação José Arthur Boiteux, ano de 2004]; posteriormente foi inserto no “Recorrida”, uma Antologia da Estância da Poesia Crioula [Estância da Poesia Crioula, Porto Alegre, 2004, p. 69-70].
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Umbu velho
Juca Serrano
Talvez porque a gauchada, antigamente,
fosse uma gente iletrada e abarbarada;
ou porque, pelas lidas campeiras acossada,
não tinha o como escrever decentemente,
riscava então, por chasque, à ponta de adaga,
na casca e cerne d`algum umbu los seus recados;
e eram juras de amor, encontros arreglados,
avisos em traços fundos, que o tempo não apaga,
pois, no correr das eras, quem vai por sua trilha,
tem no arcano e lanhado umbu xucra cartilha,
que habla de amores e tormentos, dores e glórias.
Tchê, umbu de estrada de estância, umbu velho!
Tu carregas gravado, no teu rabiscado lenho,
valioso e fachudaço mundaréu de estórias!
Poema: Rascunhado
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Eterno Retorno
Eliano Mirceo
Era rancho humilde, improvisado e chico,
em riba de uma ancha coxilha aboletado;
se via pastando aqui e ali pouquito gado,
à beira dum açude, à sombra dum salgueiro.
O dono, despilchado, fora outrora rico,
vindo de nobre sangue, com fino trato e gosto;
agora despacito ia, qual um pau-de-arrasto,
com pouca criação e só mixes potreiros.
E dizem que o taura, sem ter uma ermida,
na varanda reunindo a família que amava,
apelava pros santos, por seu drama clamava,
pedindo por reaver a sua sorte perdida.
Mas vendo que um filho desde piazote
se inclina ao saber, tem cambicho pro estudo,
com mui sacrifício premia o macanudo:
- Vais pra Capital, mas não afrouxes a brida!
Retorna-me um doutor! Dê pancas, rapazote!
Sem dar nome ao touro, mui depois se meteu:
- Dos filhos varões que o destino me deu,
o mais estudado vai pra campeira vida!
E dizem que o mocito, grato por tal amor,
jamais olvidara a essa tal profecia;
sempre remembrara o que o pai lhes dizia
na tarde distante, no antigo comedor.
Mas o velho gaúcho não é de dar bobeira;
ele topa a parada, ele agüenta o rojão;
ele entra na nota, ele compra mais chão;
e alarga as divisas e constrói e amplia;
ergue nova casa e galpões e mangueiras;
em campos de lei ele guarda o seu gado;
e com prego e martelo um peão do agrado
põe a placa que reza: Estância Harmonia.
Em bailes, saraus, sua gente é bem-vista,
no conselho dos grandes ele senta e é ouvido;
da mais fina seda de sua china é o vestido,
com trabalho e com fé a sorte reconquista.
Pero, no alto o ranchito derreando se via;
iam ruindo os oitões nos alicerces antigos;
um angico lhe estende os seus galhos amigos,
mas, o edifício aplastado se racha, se fende.
E morre o coitado, por não ter serventia,
lá sobre a coxilha, largado, esquecido.
Para a peonada, para o patrão alforriado,
fora o Posto Velho da Estância Grande.
E dizem que o vento nas taipas soprando
das ermas ruínas, em quieta solidão,
trazia sofridas, em triste cantochão,
só vozes tristonhas o antanho chorando.
E o simples ranchito, antes pleno de vida,
que já fora testigo de amores, de beijos,
de sonhos, idéias, projetos, desejos;
que fora a base, o suporte e o sustento
da estância maior mui distante erguida,
agora conhece, em seus prédios caídos,
nas vinhas desfeitas, nos muros tombados,
a paz mui dolorosa do seu esquecimento.
Já nem era um rancho, nem posto mais era;
com as pedras arrancadas por tortas raízes,
ficou pros nhandus, pras codornas, perdizes,
restando lá no tope só uma triste tapera.
Mas e o doutor aquele? O que foi desse moço?
Pois não é que faz fama na sua Medicina!?
Aos enfermos ele cura e mitrado ele ensina!
O Doutor Saint Pastous é campeado e festejado...
Depois vêm as guerras e, corajudo, sem alvoroço,
na Ponte do Ibirapuitã pelos feridos se desdobra;
na campanha de Trinta ele dá pancas de sobra,
chefiando o Corpo Médico sob o fogo cerrado.
E dizem que aquele baita teba gauchaço
que nos bárbaros combates heróico curava,
bem mais que o troar dos canhões escutava
as palavras do pai, como que num rebencaço.
E findam as peleias e de novo vem a paz
e, já taludo o torena, vai rebuscar na tapera,
entre oitões caídos e recobertos de hera,
pedaços lascados da infância perdida.
É o eterno retorno que esperto nos traz
o tempo, ligeiro qual lambari de sanga,
ideias mais frescas escondendo na manga
e homens de caracu que lhe topem a parada.
E Saint Pastous arremessa seus olhos certeiros,
boleando algo novo para reerguer o ranchito;
e é com brilho no olhar que então prega o grito:
- Hay aqui muitas reses! Vamos criar carneiros!
E se bem o planeja, melhor o realiza.
Da Cabaña Leleque que existir se sabia
naquela Patagônia tão distante, tão fria,
um merino ele compra, animal de mi flor
que às fêmeas fareja mesmo em flaca brisa.
E o embarca e o traz lá do Sul com cuidado;
o clima do Rio Grande o faz mais assanhado
e o carneiro aqui chega adoidado de amor.
Pois o doutor aquele dera um tiro certo,
eis que em carne e em lã se aproveita de tudo;
em seus sonhos ele vê a coxilha blanqueando,
caprichado rebanho indo por campo aberto.
E o tal patagão mostra mui bueno serviço,
pois carneirada de lei ali cresce e ali berra;
vai pastando o capim, pisoteando a terra
e, à vista do salgueiro, no açude dessedenta.
O derreado Posto Velho ganha então novo viço
e a paternal palavra se cumpre por inteiro:
o médico buenaço vira fachudo campeiro
e uma nova riqueza ali se acrescenta.
E dizem que depois, quem pegava do atalho
pras velhas ruínas, que de novo eram rancho,
topava com o doutor rindo faceiro e ancho,
sob a placa que dizia: Fazenda Posto Velho.
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Autor: José Alberto Barbosa, advogado, promotor de justiça aposentado [sob pseudônimo crioulo de Eliano Mirceo].
Poema: Escrito entre fevereiro e março de 2004, para o VIII Concurso de Poesias Crioulas “Taveira Júnior”, da Estância da Poesia Crioula, Porto Alegre [2004], sendo premiado em 5º lugar e publicado em plaqueta por aquela Academia gauchesca [Porto Alegre, 2004] da qual o autor é membro. O tema gira em torno da antiga e modesta Estância do Capivary – o ranchito do poema -, erguida com suor, sacrifícios e renúncias por Manoel Bicca de Freitas e Armanda Saint Pastous de Freitas, os pais do renomado médico, mestre, sociólogo, pecuarista, conferencista e administrador gaúcho Dr. Antônio Saint Pastous de Freitas, nascido no Alegrete em 11.02.1892 e que ganhou fama como um dos gaúchos pioneiros na criação do carneiro merino australiano, mediante inseminação artificial, gerando nova riqueza para a Fronteira Sudoeste do Rio Grande do Sul, narrando o poema em como este deu assim nova vida ao pequeno rancho, transformando-o em grande estância. O Dr. Saint Pastous, foi notável também e desde antes, por sua participação como médico em revoluções gaúchas e brasileiras [1923-1930]. Ele próprio um renomado autor era, ademais, do círculo de famosos literatos gaúchos que se reuniam