sábado, 13 de junho de 2009
Nova Gripe atinge status de "pandemia", mas laboratório anuncia descoberta e produção de vacina.
Por outro lado, isso também serve de alerta à população para que tome os cuidados básicos de higiene, tais como lavar as mãos, não ingerir alimentos sem que sejam previamente lavados, não usar talheres, copos sem a devida higienização, relações sexuais, etc.
O laboratório Novartis anunciou ontem que já está produzindo uma vacina para combate essa nova ameaça à saúde humana, superando as expectativas que previam mais de seis meses para essa conquista. Com isso, além do laboratório citado, outros podem entrar na produção.
Entre nessa campanha por Cambuquira.
Nossa mascote Nikita.
Nikita, uma mestiça com dachshund e pintcher, entrou na nossa vida por causa de uma das minhas filhas muito apegada à nossa outra cadelinha, "Bambina". Tínhamos medo que com a falta daquela "paulistinha" nossa filha ficasse até doente.
O que aconteceu? Bambina e Nikita se tornaram amigas inseparáveis de todas as horas.
Nikita vivia cortando com os dentes os bigodes de Bambina e acabou até deixando a mais velha mais dócil.
Quando moramos em Monte Santo de Minas, nossa casa ficava no meio do terreno e existia uma calçada por onde as duas passeavam, principalmente à noite quando estava quente. Ainda lá, uma vez nossa companheirinha sumiu por algumas horas. Durante esse tempo "Bambina" a sua companheira apareceu sozinha. Todos achavam que ela tinha se mandado como aconteceu ainda em nossa cidade. Depois de alguma procura no quintal e de chamá-la insistentemente ouviram um latidinho fraco vindo de um buraco no solo. Nikita tinha dado uma de tatu e cavado um túnel e não conseguia sair de ré. Puxaram-na para fora suja como um porquinho que assustada fez a maior festa de agradecimento.
Em Cambuquira, nossa cidade de origem, logo que chegou à nossa casa, ela já aprontou. Ainda muito pequena e assanhada descobriu o portão aberto e fugiu para a rua. Perguntamos a várias pessoas das imediações e ninguém a tinha visto, até que minha sogra comentou com uma cabeleira de uma rua próxima que deu o seu paradeiro. Nikita, muito simpática com todo mundo, tinha entrado numa vendinha cujo dono a pegou e a mandou para um sítio, onde ficou quase uma semana. Depois, de saber que ela era nossa através de minha sogra, ela nos foi devolvida e como se nada tivesse acontecido, voltou fazendo aquela festa.
Nesse lugar, acho eu que levou algumas vassouradas por ser intrometida, pois tomou um medo de vassoura. E, quando ela queria entrar em casa era só dizer: "__Olha a vassoura!..."
Noutra ocasião anterior, ela acompanhou alguém que a viu no portão com a sua companheira Bambina, que aliás não fazia graça para ninguém que não fosse da família. E, não é que ela passou faceira em frente a casa de minha mãe acompanhando o tal sujeito. Foi a sorte! Minha irmã a conheceu e a chamou e ela da mesma forma de sempre foi ao encontro dela fazendo aquela costumeira festa.
Enquanto Bambina viveu, Nikita era um pouco temperamental como se quisesse imitar um pouco a sua companheira. Mas, quando Bambina foi embora com os seus dezoito anos, Nikitinha, como passamos a chamá-la, além de Niki, Nika e Nikitinga (quando ela pecou um fungo que fazia cair os pelos e dava um cheirinho desagradável que foi curado, mas o apelido ficou), ela se tornou mais dócil e amável. Também emagreceu um pouco, o que percebemos que a sua gula era uma espécie de competição com a sua companheira. Ela acostumava encher a boca de ração ou qualquer alimento e ficar parada com aquilo na boca para comer mais que Bambina. E, por causa disso levou algumas advertências. Por causa da gordura exagerada chegou naquela época a não passar no vão da grade do portão, voltando ao peso ideal depois da morte de Bambina.
Quase não a deixávamos subir no sofá, só quando estava limpinha. Então, toda vez que acabava de tomar banho e estava cheirosa vinha correndo, dava uma olhada p'rá gente e pulava no canto onde se estendia como se fosse gente.
Ela gostava de dar um passeio na calçada e principalmente nos dias em que passava o "caminhão do lixo" quando eu descia para levar o saco de entulhos, ela já começava a me chamar para descer.
Uma vez, eu estava deitado no sofá e já estava quase na hora do caminhão passar. Ela veio perto de mim e latiu baixinho. Como eu não acordei ela deu um pulinho e bateu as suas narinas no meu nariz para me avisar que estava na hora.
O pessoal de casa gostava de ver a maneira com se portava com as visitas. Não estranhava ninguém, o que motivou um comentário em tom de brincadeira: "se um ladrão entrasse em casa, ela iria o acompanhar no furto". Quando algum profissional vinha até nossa residência para efetuar algum conserto, como no caso de nossa máquina de lavar, lá foi ela acompanhar todos os procedimentos como se quisesse aprender alguma coisa: olhava dentro da máquina, a caixa de ferramentas e seguia os movimentos do técnico. E, nós até brincamos: "__presta uma atenção, mas não aprende nada!...E, como me disse um amigo da internet, fato que também aconteceu em casa: "aquele bichinho só faltava falar e nós até a colocamos ao fone para ouvir a voz de alguém da família que estava longe"...
Uma cadelinha da vizinha, dessas escandalosas, não podia ver Nikita passar pela calçada da sua casa e começava aquele latido sem parar. Nossa cachorrinha olhava para ela e como quem entendia a sua fraqueza nem ligava, prova de uma inteligência superior a daquela barulhenta.
Outro fato que me chamava a atenção era a sua mania de cheirar flores. Fazia isso, um ato que nunca tinha visto em outros da sua raça. Pena que não tirei uma foto como prova!...
Com a morte de Bambina a ela foi permitido entrar em casa, o que não permitíamos antes, assim era só eu me levantar do sofá ou do computador lá ia ela atrás de mim. Por causa disso, diziam em casa que ela era a minha seguidora, "a seguidora do gilbertismo". E, eu acrescentava: "a única!"... Até quando eu ia ao banheiro, lá estava ela à porta a me esperar.
Agora, o gilbertismo ficou sem adepta e virou quem sabe uma lenda, pelo menos para nós.
De manhã quando ela resolvia se levantar, o que demorava pois era bem preguiçosa. Primeiro fazia uma espécie de alongamento dianteiro, depois traseiro e enfim uma esticada total. Depois, ia até a janela da cozinha e emitia apenas um "au!" como se quisesse dizer: "abre a porta p'rá mim, abre!..." Ou começava a cheirar o vão debaixo da porta fungando forte. Às vezes, quando não ligávamos e não abríamos a porta ela parava e quando íamos vê-la lá estava ela de barriga para cima tomando o sol da manhã, "pegando uma corzinha"...
Na hora do lanche, como gostava de biscoitinhos tipo "maizena", eu lhe dava e mandava ir comer no tapete, nesse da foto. E, lá ia ela degustar lentamente o petisco para depois com essa carinha bonita pedir outra sem mesmo emitir qualquer latido.
Minha mulher e meus filhos não gostaram muito dessa minha definição de "única seguidora".Dizem que eles também me seguem. Mas, eu acrescentei que "como ela, passivamente, sem exigir nada"...
Bem, essas são uma daquelas peças da vida da qual temos que aprender a tirar alguma mensagem para o nosso aprendizado na vida. Até agora, não consegui destacar com clareza mas devo ter aprendido muito com a sua existência e com a sua partida brusca. O tempo dirá o quê. O que sei, o que sentimos é o vazio a sua falta. O que sei é que talvez eu seja o membro da casa que mais sente a sua falta. Ela era a minha "seguidora" desde da manhã, quando me levantava até à noite quando, na maioria das vezes, eu a levava para a sua casinha na área de serviço. E, essa convivência aumentou ainda mais depois de eu me aposentar. quando ela era autorizada a entrar, ficava deitada perto dos meus pés ou fiscalizando o que tinha atrás da mesa do computador. Acho que por isso, nesses momentos a sua falta se torna maior. Pela idade que tinha e a idade que Bambina morreu, ela ainda teria mais 7 anos de alegria na nossa casa.
Hoje, ficou um misto de revolta, angústia, arrependimento... Nunca senti isso antes!
Leia mais e entenda o que aconteceu. (clique!)
segunda-feira, 1 de junho de 2009
NIKITA, vítima da cinomose ou da negligência, imprudência...?
O que não me sai da lembrança é o seu olhar triste de quem não está entendendo nada, solicitando socorro e talvez perguntando para si mesmo o "porque" daquilo. Com as sua orelhas viradas para trás, ela que era um bichinho dócil parecia ter a expressão de um lobo, talvez pelas dores intensas e as seguidas convulsões que se repetiam sem que pudéssemos comprar o medicamento que tem uso controlado e, apesar de solicitado, não foi receitado pelo médico.
Por excesso de zelo, queríamos preservá-la de uma possível complicação futura. Então levamos ao veterinário para ver um pequeno caroço que nasceu junto à sua mama. De pronto ele nos informou que aquilo deveria ser retirado sob pena de que crescesse e virasse algo maligno. Marcamos a cirurgia numa segunda-feira às nove e meia da manhã.
No dia, a levamos para internação na hora marcada com a promessa de que ligariam quando já estivesse liberada para ir para casa.
As horas passaram e então ligamos para saber se estava tudo bem. Por telefone, nos informaram que a cirurgia não havia acontecido e que seria realizada às quatorze horas, mudança essa devido a um atendimento de emergência de outro animal e que o local seria desinfectado para que ela fosse ali internada.
Mais tarde, recebemos o telefonema comunicando que estava tudo bem e que podíamos buscá-la, quando o veterinário nos disse que não tinha usado anestesia, nosso maior temor e tinha dado apenas um relaxante muscular que até o assustou quando ela dormiu além da conta. (Para nós nesse lapso de tempo que foi definida a sentença fatal.)
Levamos esse anjinho em forma de cão para o que foi o começo do seu fim.
A cirurgia foi um sucesso, nem cicatriz ficou. Mas, depois de 15 dias ela começou a apresentar alguns sintomas de que algo não estava bem. Voltamos à clínica e o veterinário disse que ela apresentava indícios de pneumonia. Tratamos disso. Dias depois, ela começou a ficar tonta, esbarrar nas coisas e não queria mais comer. Levamos novamente ao dito cujo que receitou mais remédios, antibióticos, suplemento alimentar, etc. Pediu um exame de sangue que acusou a diminuição de plaquetas no sangue. Diagnóstico: Erliquiose, na opinião do médico.
Minhas filhas em pesquisa na internet se tornaram catedráticas em Erliquiose e afirmavam, sob contestação do médico, que o caso não se tratava do mal diagnosticado mas sim "Cinomose".
O cabeça dura do veterinário insistiu que o mal era mesmo o mal transmitido pelo carrapato, a tal da "Erliquiose". Depois de 50 dias, depois de muita insistência nossa, fez o exame de sangue para detectar se era ou não era "Cinomose". Deu negativo. (Nesse estágio, conforme nos informou o segundo veterinário, o vírus já não aparece mais no exame de sangue!)
Nikita a essas horas, digo dias, já não se alimentava mais sozinha, tomava mamadeira como se fosse um bebê e já tinha perdido o movimento das pernas e não conseguia sustentar o pescoço. Começamos com o soro na veia por várias vezes até que num determinado dia quando fomos buscá-la tivemos informação de que, depois de mais de 5 horas na clínica, não tinham conseguido dar o soro e nem coletar uma amostra de sangue que pedíamos para ver se havia a necessidade de transfusão.
Eu e meu filho saímos de lá com ela nos braços decepcionados com a conduta desse veterinário.
No outro dia, procurei outro profissional que sem muitas delongas nos informou que o caso era mesmo a maldita Cinomose, contra a qual quase cachorro nenhum tem chances de sobrevida e se ela não mata deixa sequelas.
Também nos deu um pouco de esperança dizendo que se ela já sobrevivia a tanto tempo, ela talvez tivesse alguma chance. Ficamos entusiasmados quando ele até nos indicou uma especialista em acumputura que já havia conseguido fazer andar um doberman e outros bichinhos.
Na última sexta-feira, depois de uma série de pequenos ataques epilépticos resultado da doença, que não estavam sendo tratados mesmo com o nosso pedido ao primeiro profissional, ela teve um em dose atômica que tirou o movimento facial o que afetou até o simples ato de engolir.
Adaptei um frasco de plástico com um pedaço de mangueira de chuveiro e com isso consegui alimentá-la no sábado e domingo. A essas horas ela já estava tomando um anti-convulsivo e os ataques não aconteceram mais. Mas, o seu estado geral era praticamente um pré-coma, o que nos desanimou demais. Fatos esses que não consigo esquecer, tais como os seus olhos aflitos que não entendiam o por que aquilo, sua orelhas esticadas para atrás mostrando que sofria dores, calafrios e sintomas que nunca experimentamos.
Desanimado, fui dormir com a certeza, quando a olhei antes de ir para cama, que aquele era o nosso último encontro nessa vida.
Na madrugada acordei com um imenso sufoco no peito. Tomei um medicamento e pensei dar uma olhadinha nela. Minha esposa pediu que eu não me levantasse que ainda era cedo: mais ou menos 5 da manhã.
Ao acordar novamente lá pelas 7,30, ouvi um som parecido com a sua respiração ofegante da noite. Levantei correndo com a esperança de poder ainda levá-la ao veterinário para uma última tentativa. Então fui ver a minha companheira que estava como se estivesse dormindo, mas já não respirava mais. Seu corpinho ainda estava morno debaixo da manta nova que havíamos comprado para ela. Foi a nossa despedida.
Para todos nós ela pegou a doença na clínica, na mesa de cirurgia contaminada pelo primeiro caso citado. Pois, depois de mais ou menos 15 dias, tempo de manifestação do vírus, ela começou ter os sintomas.
A presente história verídica serve de alerta não só para este profissional que foi relapso nos seus procedimentos.
Primeiro: não houve uma preparação como se faz nas cirurgias humanas, o que acho uma falha pois tudo deve ser igual, principalmente quando está envolvido um membro da família que sempre se tornam esses bichinhos de estimação, cuja falta afeta até o psicológico de crianças e até de adultos.
Segundo: a limpeza e desinfecção deve ser perfeita tanto do local de trabalho, entrada, calçada e principalmente da sala de cirurgia, muitas vezes parecidas com qualquer coisa menos com uma sala cirúrgica.
Terceiro: uma falha quase que geral dos profissionais da área, confessada pelo veterinário deste caso ( sob o argumento que não o faz com medo de ser mal interpretado como "empurro terapia"), é a de não orientar que algumas vacinas tem que ser anual sob pena de certas doenças atingirem nossos animais como o caso de Nikita. Nós que tínhamos vacinado quando ela era pequena com um reforço dado, conforme orientação do profissional aplicador, não sabíamos que ela já não estava mais imune. Se soubéssemos disso, não a levaríamos como aconteceu para um risco cirúrgico dessa natureza. Quarto: a morosidade nas decisões também foi um fator determinante na conduta médica que definiu o agravamento da crise que a doença provoca na maioria dos casos. A falta de um medicamento para proteger o cérebro das convulsões, o colírio específico para proteger os olhos, tudo isso, na minha opinião contribuiu para o trágico epílogo. Nesse caso, o colírio só foi receitado por insistência nossa, o mesmo acontecendo com o soro nas veias e o "gardenal" já com o segundo profissional receitado num instante em que ele quase nada fez a não ser aliviar o sofrimento de nossa cadelinha.