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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Cap.3 - Pós - escrito.

Entre as primeiras lembranças e o hoje se acha um tal espaço tão grande de esquecimento, que deixa transparecer como se cada imagem das lembranças fica mergulhada ou encaixada no escuro. Como que quase cada uma imagem comprimisse a experiência, o resultado é como um rio que cresce sempre, essas lembranças de uma criança de 6 até 9 anos sobre coisas já há muito tempo enterradas, que com cada capítulo vão surgindo mais e mais e mais …
Esses acontecimentos dos tempos antigos me deixaram mais cética.
Quem ainda pensa no que aconteceu nos anos quando era muito jovem?. Eu seriamente perguntei ao meu "eu“: "Estas brincando comigo? “ Não, não brincava comigo. E, sim afirmava com mais e mais imagens o que eu nem julgava saber. Nunca foi tão claro como aqui, quais as cenas de minhas lembranças. Por último, isso me oferece a mesma visão das águias das alturas dos ares. Descrevo uma corrida com minha Mulinha Rosalinda. Assim, vejo-me como em um filme cavalgando com Rosalinda pela paisagem. Mas, na verdade só devo lembrar do que chegou pelos dois olhos ao meu cérebro: a cabeça do animal, a paisagem na minha frente, um pouco céu, nada mais. Porque me vejo então sentada em cima daquela mulinha? Porque brinca meu cérebro comigo? E mais uma coisa: Quando escrevia, senti várias vezes como se eu fosse já adulta naquela época. Mas, pois é, eu ainda não tinha nem 9 anos de idade. Também aqui não acho uma explicação.
Dava mais para entender, que enquanto eu escrevia, parecia que minha mãe (vive em Minas Gerais) chegava perto de mim no escritório.E, sempre então, quando eu não queria mais me lembrar. Ela me ajudou compreender e perdoar. Nunca ela esteve tão perto de mim, como nesses dias. E eu notei, que o prejuízo de antigamente da proteção, que eu já quase não notava mais, que esta perda era muito mais profunda, do que sabia. E que ela, minha mãe, sofreu com isso, talvez muito mais forte ainda do que eu. Fugiu ela por causa disso? Foi ela embora por causa disso para um para um mundo fechado para nós, as crianças ? É fascinante ver, que o sofrimento produzido há geracões chegou até aos seus netos. Minha mãe não pode se defender disso.Eu valorizo hoje muitas lembranças, que aqui não descrevi, totalmente diferente do que há alguns dias. Eu sei que cheguei bem perto da verdade sobre do rompimento brutal de nossas vidas em família. Eu prefiro, mesmo que antes eu não soubesse, que fosse ainda assim como era antes de saber.
OK!... Uma frase ainda:
Dona Sebastiana me deu entretanto a filosofia de vida:

"Somente quem é feliz, consegue fazer outros felizes.“
Nunca esqueci e vivo com isso ainda hoje. Encontrei um homem e o credo simples dele é: "Vive a vida.“ E, isso nos convêm. Essa é também a opinião de nossos filhos.
Lá onde se acham minhas raízes. e hoje a minha nova pátria desde 52 anos, onde o amor da minha "família protegida“ me carrega, lá existe uma canção, que me faz muito bem.
"Onde as ondas do Mar do Norte arrojam a praia, aqui é minha pátria.“ (Heimatland) .
Dá uma escutada. A música é assim o temperamento do povo da costa no oeste da Alemanha.

http://www.youtube.com/watch?v=A2cTCmOlDJA&feature=related
Wo die Nordseewellen spülen an den Strand
wo die gelben Blumen blüh´n ins grüne Land
wo die Möwen schreien, schrill im Strumgebraus
dort ist meine Heimat, da bin ich zu Haus.

Well'n und Wogen sangen mir mein Wiegenlied,
hohe Deiche waren mir das "Gott behüt",
merkten auch mein Sehnen und mein heiss Begehr:
Durch die Welt zu fliegen, über Land und Meer.

Wohl hat mir das Leben meine Qual gestillt,
und mir das gegeben, was mein Herz erfüllt,
alles ist verschwunden, was mir leid und lieb,
hab' das Glück gefunden, doch das Heimweh blieb.


"Onde as ondas do Mar Norte arrojam a praia
onde as flores amarelas florescendo na paisagem verde
onde as gaivotas gritam, estridentemente na borrasca
lá é minha pátria, lá estou em casa. "


Ondas e vagas, me cantaram meu arrolo
Diques altos eram para mim "Deus protege“
E notavam também minha saudade e
minha ambição ardente:
voar entre os mundos, sobre terra e mar.


Pois bem a vida calmou minha pena
E me deu o que cumpri meu coração
Tudo sumiu, o que me penou e o que amo
Achei a felicidade, mas a saudade ainda está“




Cheguei. Foi uma viajem linda. Saudações através do oceano!



Tschüs” e “Auf Wiedersehen”( como se diz em alemão) aos amigas e amigos em Cambuquira.



Foram lindas as lembranças do tempo que vivi aí com vocês. Muito obrigada por cada dia, que eu passei com vocês! Obrigada também pelos presentes de bondade, humanidade e amor, que recebi ai!

"Auf Wiedersehen“ você, cidade jovem. Meu caminho me leva de volta ao mar pequeno. Um sentido de amizade fica em mim e vai me acompanhar para sempre.

Lebt wohl (Vivam bem!)

Quem quiser me escrever: Mande um recado via e-mail( CONTATO )do blog na barra lateral.

Eu Iria me alegrar. Essa minha brincadeira em sede vou dedicar aos Cambuquirenses.

"No caminho para o mercado em Cambuquira“/ R.D)

Renate Köhler, hoje Drews, mas "de Cambuquira" também.

Pois é,mas agora depressa de estou de volta à vida alegre! Vem comigo à minha pequena cidade e para a música de hoje:

http://www.youtube.com/watch?v=vqCdJ7HosBg&feature=PlayList&p=700AD5137B232DBF&index=21



Abaixo: "A caminho do mercado"- de Renate Drews ( uma obra em homenagem a Cambuquira)



POR ENQUANTO PARECE O FIM - SERÁ QUE VEM MAIS POR AÍ? VAMOS ESPERAR.
SE VOCÊ GOSTA DE HISTÓRIAS, ESSE É UM CONTO VERÍDICO ACONTECIDO BEM PERTO DE NÓS.


ENDE-F I M! (Será?)


Do wikipedia:
Post-Scriptum ou P.S (do Latim, significa literalmente "escrito depois"), originariamente, indicava algo que julgasse necessário acrescentar a uma carta após o seu encerramento (fecho, assinatura etc). Com o tempo, foi-se percebendo que esta fórmula, além de servir para corrigir os lapsos de memória ou simplesmente informar que haviam ocorrido alterações depois que havia-se dado a carta por concluída.
O Post-Scriptum pode também ser utilizado como uma
estratégia retórica: depois de percorrer todo o corpo do texto, o leitor se depara com uma idéia posta em destaque, colocada ali com suposta despreocupação, que equivaleria na fala ao "Ah! Antes que eu me esqueça ...", que sempre anuncia o que de mais importante tem-se a dizer. É justamente esse efeito do post scriptum que explica a sua utilização nas cartas e mensagens escritas no computador, uma vez que, com os recursos de correção e arrependimento trazidos pelos processadores de texto, o usário pode simplesmente incluir no texto o que tinha esquecido. Em português o termo equivalente é "pós-escrito", uma expressão modernizada encontrada em alguns dicionários. Ainda assim, mantém-se a abreveatura "P.S.".

Um comentário:

alexia disse...

nossa sua historia me comeveu muito renate
mais eu nao entendi 1 coisa do q mesmo q sua mae adoeceu.
parabens Deus te ilumine sempre

meu e-mail world_sound1@ig.com.br